Já passei pela situação em que a pessoa que estava comigo não se queria entregar à relação a 100% porque, dizia ela, todas as relações estão condenadas ao fracasso, seja por que motivo for, mais cedo ou mais tarde. E teve razão! As coisas acabaram praticamente antes de se poder dizer que tenham começado.
Em conversas com amigos, vou-me apercebendo que este pensamento está mais presente do que aquilo que pensava. Muitas pessoas não se querem entregar a 100% a uma relação porque acham que pode não vir a dar certo e, assim, já não sofrem tanto na altura da separação. Fico sem perceber se têm medo de amar ou medo de sofrer.
Honestamente, acho que não viver um amor, uma relação, com medo de sofrer, não é viver um amor. Alguém que não se entregue, que não lute, que não viva, que não ame o outro sem reservas, com medo que num futuro, certo ou incerto, possa vir a sofrer, não tem lógica. É o mesmo que gostarmos muito de gelado de morango, termos um à nossa frente, mas não comer porque temos medo que nos possa provocar uma dor de barriga ou, ainda mais chato, uma dor de dentes.
Mas também temos o extremo. Pessoas que se entregam demais, que vivem demais o amor que sentem pelo outro, e deixam de viver a sua vida em função de outra vida que não a delas. Pessoas que se colocam em terceiro plano porque o outro está em primeiro e segundo. Pessoas que se esquecem que amar não é viver incondicionalmente em prol de outra pessoa. Pessoas que estão dispostas a sofrer as cinco chagas de Cristo, desde que isso signifique estar ao lado daquele que amam.
Como em tudo, há que conseguir encontrar um meio termo, um modo de vda em que ambos se amem e consigam esquecer que as coisas podem correr mal e podem vir a sofrer.
Não entreguem tudo de uma vez, não vivam tudo de uma vez, não amem tudo de uma vez, mas amem sem medo de sofrer.
Já tentei essa coisa do "não me entregar" mas... yah não resulta pra mim.Não te magoas mais se nunca chegares efetivamente a gostar de alguém por medo? pelo menos a longo prazo é o que penso que acontece.
ResponderEliminarEu entrego-me sem medos, porque sei que sofrer está intrinseco em tudo o que fazemos, e não vale a pena estar muito tempo a pensar no "e se".. É viver o momento e o que se sente e tentar que tudo corra pelo melhor.
Eliminarsim, acho que é mais medo de não ser amado do que medo de amar. eu sofro disso :) quando dizes: amem sem medo de sofrer. era bom que os medos se apagassem assim...
ResponderEliminarOs medos, tal como outras coisas, vão sendo mais fáceis de lidar e afastar com o passar do tempo e com o próprio sofrimento. E não é apagar os medos, é apenas viver sem pensar (tanto) neles. :)
Eliminaré tão fácil falar... :)
EliminarVai lá dizer isso a um gago! :p
EliminarClaro que depende de pessoa para pessoa, da forma como lidam com as situações.. Mas, para mim, as experiências negativas têm-me ajudado a crescer em vários aspetos da minha vida. E, com o passar do tempo, facilitaram ao afastamento desses medos.
concordo tanto com o que escreves :)
ResponderEliminareu gosto de mim em primeiro lugar e coloco-me acima de TUDO e TODOS. sempre.
na minha humilde opinião amar demais não existe. existem é pessoas que não se amam (não têm confiança, autoestima e amor próprio) e buscam no outro algo que lhes preencha o vazio de não gostarem delas mesmas. nunca funciona.
por outro lado, quem não vive (ou ama, etc) por medo... que desperdício tão grande. sim, passar por elas custa, muito! mas aprendemos sempre, tornamo-nos melhores, ganhamos confiança, ficamos imbatíveis. e isso não tem preço. é assim simples! é fácil? não, não é. mas simples? é.
a vida é para ser vivida por nós com paixão e amor e confiança e tranquilidade por nós mesmos. o resto vem sempre depois, em segundo plano, a seguir.
qual é a pressa de querer logo tudo de uma vez? aquele/a tem que ser porque tem de ser o tal? não, não tem. nem toda a gente nos merece, mas nós merecemos SEMPRE o MELHOR.
Sim, chega a um ponto em que já não é amar, mas uma obsessão que se tem pela outra pessoa ou um medo enorme de estar sozinho/a.
EliminarA melhor aprendizagem é mesmo a experiência e as coisas boas e más que ela nos traz. Sempre que sofri, tive uma oportunidade de melhorar algum aspeto na minha vida, por isso, acabo sempre por ficar grato por ter passado pelas coisas.
Também já fui o tipo de pessoas que dava logo tudo, que mostrava as cartas todas de uma vez, que acabava por perder a "magia" ao fim de algum tempo... Hoje, entrego-me sem pensar se vou ou não sofrer, mas vou-me mostrando mais lentamente, não por medo, mas sim para que a magia perdure mais tempo e que todos os dias seja um descobrir de parte a parte. :)
Primeiro eu, depois os outros.
ResponderEliminarJá amei de pé atrás e já amei demais.
Espero ter encontrado o equíbrio, sem medo de viver ou de sofrer.
Acho que, acima de tudo, esse equilibrio só se encontra quando do outro lado tens alguém que pensa como tu e que está dentro dos mesmos carris! :)
EliminarEu quando amo, simplesmente amo... não olho para quantidades =)
ResponderEliminarE amas sem pensar que podes vir a sofrer? :)
EliminarEu acho que é impossível não pensar em todos os cenários possíveis...somos humanos não é? Mas medo consciente que acaba por interferir na relação? acho que não é aconselhável...
EliminarGosto muito desta frase: "Honestamente, acho que não viver um amor, uma relação, com medo de sofrer, não é viver um amor". Eu, honestamente, também acho o mesmo. Ou será que, honestamente, não viver um amor, é viver um amor? Já n percebo nada ;-)
ResponderEliminarhaha Pois, isto das coisas do amor, são coisas muito complicadas.
EliminarNão viver um amor, nunca poderá ser viver um amor. :)
Já conheci os dois lados da questão... E por aqui me fico...
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