“Querido H,
Desculpa ter ficado tanto tempo sem te contactar, mas ainda não me habituei à mudança. Por aqui o verão é bastante quente, no entanto, acho que mesmo assim prefiro o Verão sufocante de antiga cidade. O asfalto parece que vai derreter, os arranha-céus cintilam à distância quase a roçar nas nuvens, e os ares condicionados exageradamente frios das lojas e dos restaurantes...
Vimo-nos pela última vez na festa de graduação da escola. Desde esse momento, já passaram mais de 6 meses.
Ei, H., ainda te lembras de mim?
Saudações, L.!”
“Olá H.,
Fiquei muito feliz por teres respondido! O Outono e o tempo frio já estão a chegar, e aqui as folhas de outono a cair são lindas. No outro dia, e pela primeira vez este ano, vesti uma camisola de malha. As aulas começam sempre muito cedo pela manhã. Por isso, aproveito a viagem de metro para te escrever esta carta. Cortei o cabelo há pouco tempo. Está tão curto que se veem as minhas orelhas. Se algum dia nos encontrarmos, provavelmente não serás capaz de me reconhecer! Ou conseguirias? Tu também deves estar a mudar, será que eu te reconheceria?
Beijo, L.!”
“Saudações, H.!
Como estás? Por aqui está cada vez mais frio e já nevou uma infinidade de vezes, por isso, tenho que levar roupa bem quente para a escola. Aí ainda não começou a nevar, pois não?
Assustei-me bastante quando soube da tua transferência. Será que nos acostumamos às mudanças de escola por o termos feito tantas vezes? De qualquer modo, essa mudança para C... Desta vez estaremos bem afastados. A distância será tão grande que já não bastará apanhar o comboio para nos encontrarmos… Tal como sempre imaginei... Vai ser um pouco triste. Apesar de tudo, desejo-te o melhor!
Beijo, L.!”
“Olá, H.!
Nem imaginas como estou feliz com a promessa de nos encontrarmos dia 7 de abril. É incrível como já se passou um ano desde a última vez que nos vimos, e, por alguma razão, estou nervosa. Há uma grande cerejeira junto a minha casa. Durante a Primavera, é decerto o lugar mais mágico da cidade, com o chão coberto de milhares de pequenas folhas cor de rosa. “Não seria maravilhoso se pudesse estar com H. até que chegue a Primavera?". Isto é o que penso quase todos os dias.
Seria bom conseguires chegar à estação perto de onde moro, mas como se trata de uma longa viagem, por favor, tem cuidado. Tal como te prometi, estarei na sala de espera da estação às 19h, aguardando a tua chegada.
Beijo de saudade, L.!”
Naquele dia combinado com a L., entrei no comboio ao meio-dia, no preciso momento em que os primeiros flocos de neve se começaram a colar aos vidros.
Capitulo II - Memórias
“Olha ali H., um cãozinho… É o Sashi! Ele gosta mesmo de estar por aqui, não gosta? Mas onde está a Mimi? Costumam estar sempre juntos. É triste estar sozinho, não é?”
Era normal passearmos juntos pela cidade, correndo pelas ruas e brincando com os animais. Tínhamos os nossos locais favoritos onde gostávamos de nos perder na conversa.
- Estás a gostar do livro, L.?
- Imenso! É super interessante! Só ontem durante a noite, li cerca de cinco biliões de anos!
- Até onde leste?
- Até àquela parte em que os "Tromocolaris" aparecem, ao Período Pré-Cambrico! Gosto da Cathulfiana...Parece-se com este do meu desenho, não parece?
- Sim, acho que sim.
- E tu, H. de qual gostas mais?
- Da Cristolinia.
- Ahh. Essa é aquela que tem 6 olhos, não é?
Penso que eu e L., partilhávamos os mesmos tipos de sentimentos e pensamentos. Nós, que éramos apenas duas crianças pequenas e desajeitadas, preferíamos passar o tempo na biblioteca em vez de ir para o pátio com os outros meninos. Por isso, foi com naturalidade que ficámos grandes amigos. Os nossos colegas gozavam connosco por causa disso. Mas quando estávamos juntos, nem sequer nos importávamos com isso. Para o ano iriamos frequentar a mesma escola secundária. Estaríamos juntos para sempre… Pelo menos era isso que eu pensava…
["Ton. Ton.
Esta é a última estação. Os passageiros que saírem, por favor, queiram dirigir-se para as linhas de ligação para JR e Ke."]
Esta era a primeira vez que ia até à estação de Ton sozinho e também seria a primeira vez que apanhava ali um comboio. Estava nervoso e o meu coração batia acelerado. Sabia que não era por estar ali sozinho, mas porque encontrar-me-ia com L. depois disto tudo.
["Chegaremos a Mu dentro de alguns minutos. Repito: Mu. Na próxima estação, Mu, teremos que aguardar pela chegada do comboio rápido. Por esse motivo, este comboio permanecerá estacionado quatro minutos. Aos passageiros que tenham pressa de chegar a Yo e Ot, informamos que..."]
- Sim. Quem fala?
- É a L. É possível falar com o H.?
- Sim, só um momento.
- O quê, L.?! Como assim, transferiram-te? E o Colégio de Ni? Esforçámo-nos tanto para entrarmos...
- Os meus pais dizem que tenho que ir para a Escola de To... Sinto muito...
- Não tens que pedir desculpa. Não é culpa tua.
- Ainda lhes pedi que me deixassem ir para casa da minha tia K, mas disseram-me que só o poderia fazer depois de ser maior de idade.
- Pois... Está bem...
- Desculpa.
- Ok...
- Desculpa...
Apertava tanto o auscultador contra as orelhas que já me doíam. Percebi que a L. estava ainda mais triste do que eu, mas eu nada podia fazer quanto a isso. Desliguei o telefone quando do outro lado ainda se ouviam soluços. Tinha sido este o telefonema que deitara por terra todos os nossos sonhos, todos os nossos planos de estarmos juntos para sempre.
O cais da estação estava com o chão encharcado pela neve que era transportada pelos passos das centenas de pessoas que por ali passavam. O ar estava gelado e impregnado pelo cheiro inconfundível da neve que se evapora.
["Senhores passageiros, a vossa atenção por favor. O comboio da linha Ut, com destino a Ko e Ut, está com um atraso de cerca de dez minutos devido à neve. A todos os passageiros que estejam com pressa, pedimos as nossas mais sinceras desculpas."]
Até ouvir aquela mensagem pelos altifalantes da estação, a possibilidade de que pudesse haver um atraso com os comboios, foi algo que nem sequer me tinha passado pela cabeça. Rapidamente, o meu mal-estar aumentou.
Capitulo III - A angústia da viagem
[Senhores passageiros, devido à neve, este comboio circula com um atraso de cerca de quinze minutos. Pedimos as nossas mais sinceras desculpas a todos os passageiros que desejam apanhar o comboio.]
Estava de novo em movimento. Assim que deixámos a estação de Oo para trás, num piscar de olhos, a paisagem começou a aplanar e os prédios a desaparecer. Olhei para o relógio e faltavam cinco minutos para as 18horas, a uma hora da hora combinada com L..
[Próxima paragem: Kuk, Kuk. Senhores passageiros, pedimos desculpa pelo atraso com que chegámos a esta estação. Os passageiros que se desejam apanhar a linha para Tou, por favor utilizem a saída número dois. Informamos ainda que, devido ao atraso do próximo comboio, este comboio permanecerá na estação durante cerca de 20minutos. Pedimos desculpa pelos problemas e incómodos que estes atrasos estejam a causar, mas agradecemos que esperem mais uns instantes nesta estação.]
Ao fim de dezassete minutos o comboio voltou finalmente a andar. Eu, nada mais podia fazer do que olhar pela janela e ver a paisagem cada vez mais escura.
O tempo que o comboio demorava entre cada uma das estações era incrivelmente longo, e o tempo que ficava parado em cada uma delas, uma eternidade. O horizonte infinito do Inverno que se via através da janela, os minutos a passarem, a fome que se instalava, o encontro prometido que vinha e ia, tudo isto, a pouco e pouco, enfraqueciam o meu coração. Eram 19h, a hora marcada por nós, e ainda tinha seis estações para percorrer. Neste momento, L. deve ter começado a preocupar-se com a minha demora.
Naquela noite, naquela noite recebi a tal chamada. O não ter conseguido dar uma palavra de conforto a L., ainda que estivesse inundada de uma tristeza maior do que minha, é algo que me envergonha. Deveria ter sabido o que lhe dizer, deveria saber as palavras certas para a acalmar. A sua primeira carta chegou até mim passado pouco mais de meio ano. Lembro-me de tudo o que ela lá escreveu, de todas as palavras. Uma semana antes da data combinada, escrevi uma carta que lhe entregaria pessoalmente. Escrevi coisas que não tinha coragem de lhe dizer, coisas que não queria que ela ouvisse e que, na verdade, eram tantas. Só não sabia se as conseguiria pronunciar.
[Senhores passageiros, em breves instantes, este comboio retomará a sua viagem até Ut. Mais uma vez, pedimos desculpa por quaisquer transtornos causados.]
[Koy, Koy.
Chegámos à estação de Koy. Os passageiros que desejem apanhar o Comboio-rápido da linha Tou, é favor fazerem a transferência nesta estação. Os passageiros que desejem o Comboio-rápido da linha Tou, com ligação a Mao, é favor utilizarem a plataforma quatro. Os passageiros que desejem apanhar o comboio com destino a Toq, é favor utilizarem a plataforma sete.]
[Senhores passageiros, pedimos a vossa atenção, por favor. Devido à neve, a linha de Ryo está com uma demora considerável. Pedimos que aguardem pelo comboio dentro da estação. As nossas desculpas pelos incómodos causados.]
Apesar de todas estas demoras, eu nada podia fazer a não ser aguardar e ir ter à estação onde L. me aguardava. Eram 19:43 e a fome e sede começaram a ser demasiado incomodativas para as ignorar. Não comia nada desde o almoço e a angústia e nervosismo da viagem aumentaram ainda mais o meu apetite. Fui até uma das máquinas de comida da estação para comer algo. Foi então que, ao tirar a carteira do bolso do casaco, a senti fugir, a escapar-me pelos dedos. A carta que tinha escrito a L. caiu e só a consegui ver a desaparecer pela escuridão, levada pelo vento. Fiquei estático a olhar para o vazio, para a neve que caia, enquanto senti a visão a ser toldada pelas lágrimas que me escorriam cara abaixo.
Passados alguns minutos o comboio chegou e, quando a viagem recomeçou, ainda os olhos me ardiam de tanto chorar.
[Senhores passageiros, a vossa atenção por favor. Devido à tempestade que se faz sentir, teremos que efetuar algumas paragens periódicas e por tempo indeterminado. Até este momento, não sabemos informar quando é que o serviço será totalmente restabelecido. Pedimos desculpa pelos incómodos causados. Repito: devido à tempestade que se faz sentir, teremos que efectuar algumas paragens periódicas e por tempo indeterminado. Até ao momento…]
“As aulas começam sempre muito cedo pela manhã. Por isso, aproveito a viagem de metro para te escrever esta carta.”
Sem nenhuma razão aparente, a L. que eu imaginava pelas cartas, era uma rapariga solitária. Imaginava-a a fazer as viagens e a olhar pela janela, sempre perdida nos seus pensamentos e, acima de tudo, sem nenhum outro rapaz perto dela.
De repente, o comboio desligou os motores, parando ali, sem qualquer tipo de som, durante praticamente duas horas. Cada minuto que passava parecia uma eternidade. O tempo, que claramente via em toda aquela situação maléfica uma oportunidade de se rir de mim, corria lentamente sobre a meu corpo. Cerrei os dentes e tentei a todo o custo conter as lágrimas. L., por favor... simplesmente... volta... volta para tua casa agora!
Capitulo IV - O reencontro
[Senhores passageiros, o comboio que dará entrada na linha dois, com destino a Ash, irá até Tak. Devido à neve este comboio pemanecerá estacionado por tempo indeterminado. Pedimos desculpas pelos incómodos causados.]
Eram 23:15 e tinha finalmente chegado à estação onde L. me esperaria. Quando a porta da carruagem se abriu e senti o bafo gelado daquela noite, o meu coração dividiu-se. Queria que L. tivesse esperado por mim, por outro lado, queria que ela tivesse ido para casa. Meti um pé fora da carruagem e este enterrou-se, até aos atacadores, na neve. Apertei o cachecol no pescoço e segui vagarosamente em direção à sala de espera da estação. Ao chegar, olhei em volta e não vi ninguém. As lágrimas começaram a querer soltar-se.
Andei mais uns passos e foi então que, atrás de um pilar, sentada perto de um aquecedor, a vi. O meu coração parou de bater por milésimos de segundo - tenho a certeza disso -, as pernas ficaram hirtas e senti como que um choque elétrico a percorrer todo o meu corpo. Fechei os olhos com força e voltei a abri-los. Queria ter a certeza que não era apenas a minha imaginação que me mostrava L., ali, à minha frente. Aproximei-me, a passos curtos e nervosos, dela. Ela ainda não me tinha visto, ainda não me tinha ouvido, estava com a cabeça virada para o chão. E daí, talvez já me tivesse pressentido, mas tal como eu, estivesse demasiado nervosa para levantar a cabeça. Quando cheguei perto dela, apenas disse o seu nome baixinho, "L....". O seu corpo estremeceu ao ouvir a minha voz, levantou a cabeça muito devagar, os olhos marejados de lágrimas, agarrou-se ao meu casaco e chorou. Chorou pelo que ainda não tinha chorado e chorou por me ter ali. Vi as suas lágrimas caírem nas suas mãos, que depois escorriam por elas abaixo, caindo no chão desamparadas, desfazendo-se em outras minúsculas gotas.
Depois deste momento, sentei-me a seu lado, de frente para o aquecedor. Ela tinha trazido uma cesta com alguma comida, seria para o nosso jantar, mas agora serviria igualmente bem para a nossa ceia.
- Está delicioso, L.!
- A sério? Não passa de um simples chá OOlong.
- Chá Oolong? Acho que é a primeira vez que bebo este chá.
- Não pode ser. Já deves ter bebido antes. A tua mãe fazia-o tantas vezes.
- A sério?
- Sim. E quando bebermos este, tenho aqui outro. Não fui eu que o fiz, por isso não te posso dizer se estará bom de sabor ou não, mas... E por favor, come também alguma coisa.
- Obrigado! Estava mesmo cheio de fome!
- Que tal está?
- É a coisa mais deliciosa que já comi até hoje!
- Oh! Estás a exagerar!
- A sério...
- Isso é porque estavas cheio de fome!
- Achas?
- Sim, tenho a certeza. Eu também vou comer alguma coisa que tenho fome. Vais mudar de casa brevemente, certo?
- Sim... daqui por duas semanas.
- C., é mesmo muito longe...
- Sim...
- Mas onde estou agora também é muito longe.
- De facto, é tão longe que já nem podes voltar hoje para casa.
- Meninos, vou fechar a estação dentro de alguns minutos. Já não circulam mais comboios hoje.
- Ah. Ok, senhor.
- E tenham cuidado na rua porque tem estado sempre a nevar muito.
- Sim, teremos.
Arrumámos as coisas e saímos para a rua. A neve tinha acalmado a sua descida dos céus e até sabia bem receber os flocos nas nossas faces descobertas. L. correu à minha frente e eu atrás dela, tal como fazíamos quando éramos apenas duas crianças, sem preocupações e juntas a toda a hora. Quando a alcancei, olhámos para trás e vimos as nossas pegadas marcadas na neve, que se mantiveram intactas durante bastante tempo. Era impossível não pensar que queria que as nossas pegadas fossem para sempre assim, juntas, vincadas no tempo e... sempre lado a lado.
- H., consegues ver ali ao fundo? Aquela árvore enorme.
- É a árvore da tua carta?
- Sim. A cerejeira.
Quando chegámos perto dela, parámos a contemplar a imensidão daqueles ramos, desnudos de flor e cobertos de uma fina camada de neve. L. estendeu as mãos e alguns flocos caíram sobre elas.
- Hey, H., de alguma forma, não parecem as pétalas da cerejeira?
- Sim, parecem.
E ficámos parados a olhar um para o outro, ambos com um intenso brilho nos olhos e o mesmo pensamento em mente. As nossas cabeças foram-se aproximando uma da outra, à medida que os nossos olhos se iam fechando, até que os nossos lábios se tocaram pela primeira vez. Naquele preciso momento, na intemporalidade da eternidade, amor e almas nasceram, de forma nítida, para mim. Foi como se, agora, entendesse tudo aquilo que me tinha acontecido na vida nestes últimos quinze anos e... tudo o que ainda estava para vir. Apertei as mão e senti-me imensamente triste. O calor do corpo de L., a sua alma, como é que eu deveria trata-los, até onde é que os poderia levar? Era algo que não podia responder. Apenas sabia, e compreendia perfeitamente, que não poderíamos estar juntos para sempre depois disto. As vidas que teríamos pela nossa frente, o tempo que inevitavelmente iria passar sobre nós, estendia-se à frente dos meus olhos. Mas, todas estas preocupações desapareceram no preciso momento em que as pensei. Depois disso, somente os ternos e quentes lábios de L. permaneceram. Após o beijo abraçamo-nos. Abraçamo-nos forte e longamente, como se quiséssemos que este momento nunca mais terminasse.
Naquela noite, e por querermos estar juntos, ficamos numa pequena casa de madeira abandonada, à beira de um lago. Dividimos uma velha manta que lá encontrámos dentro e conversámos durante madrugada fora. Antes que nos apercebêssemos, estávamos a dormir. Pela manhã, e depois de acordarmos, voltámos para a estação para apanhar o comboio que me iria levar de novo para casa, de novo para longe de L.. Iriamos de novo ficar separados.
- Uhm... H... H, tu... vais ficar bem a partir de agora, eu sei que vais!
- Obrigado. L, eu sei que também ficarás bem! Continuaremos a escrever cartas um ao outro e teremos sempre o telefone para falar!
Estas palavras foram ditas já com o comboio a iniciar a sua marcha, gritava do lado de dentro, para uma L. que a pouco e pouco se transformava num pequeno ponto vermelho naquela imensidão branca. Nunca lhe contei que tinha perdido a carta que tinha para lhe entregar. Pensei se toda aquela sua hesitação na hora da despedida fosse por me querer dizer alguma coisa que também não foi capaz. Teria também ela uma carta para me entregar? Não sei. Sei que depois daquele beijo, foi como se tudo no mundo tivesse mudado. Desejei poder protegê-la com todas as forças do meu ser. Encostei a cabeça ao vidro, observando a paisagem branca pela janela e, como sempre, pensei nela. Adeus L., quem sabe, um dia, voltaremos a estar juntos.
= Fim da primeira parte =
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Dá a tua aparadela..