quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Explica muita coisa.

"Gosto muito da tua barba."
"Já eu não gosto da tua cara 'lavada'.."


Deve ser por isto que as gajas só falam comigo 10segundos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A matemática em Portugal..

Sabemos que o ensino da matemática está pelas ruas da amargura, pela forma como 90% dos condutores fazem uma perpendicular.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Lição de vida..

O que me poupou muitos dissabores nesta vida adulta, foi ter aprendido, durante a minha adolescência, a só contar comigo para o que quer que seja...

... até para os orgasmos.

Estou feito uma gorda..

Bolo de chocolate com frutos do bosque.

Ontem antes de me deitar...

Hoje ao almoço...


Não fosse eu treinar 5 vezes por semana e a esta hora estava a candidatar-me ao Peso Pesado (versão morbidade extrema)!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Bolo de chocolate em 5 minutos..

Pois que ontem cheguei a casa e tinhas duas opções: ou ia treinar e chegava atrasado ao cinema, ou fazia um bolo e chegava a horas ao cinema. Optei pela segunda opção. Mas como fazer um bolo ainda é coisa que demora o seu tempo e eu não tinha muito disponível, fiz um bolo em 5 minutos, e dose individual.

Meti as fotos no instagram e quem não me chamou gordo, ou obeso, ou lambão ou michelin, pediu-me a receita. E como sou boa pessoa e não quero que percam tempo a ver nas internets, aqui a deixo, bem como o modo de preparação:

Pegam numa caneca onde normalmente bebem o vosso leitinho da manhã e mandam lá para dentro um ovo (gema e clara) e 3 colheres de sopa de óleo. Depois, metem 4 colheres de sopa de leite, 3 colheres de sopa de açucar e 3 colheres de sopa de chocolate em pó. Mexem aquilo tudo para ficar homogéneo. A seguir, vão juntando a farinha de trigo ao preparado, até um total de 4 colheres de sopa. Vão mexendo enquanto metem a farinha. Se a vossa farinha for sem fermento,  metam 1/2 colher de chá de fermento. Mexam bem até ficar tudo misturado e sem grumos. Metam a caneca, durante 3 minutos, no microondas e vejam a magia acontecer. Se quiserem podem adicionar outras coisas tipo canela, maçã, chocolate amargo partido em pedaços pequenos, nozes... Usem a vossa imaginação.
É provável que aquilo suba até acima da caneca, mas é mesmo assim.

Depois, é só tirar e comerem aquilo como os gordos que são!






E, para os mais atentos a este blog, perguntam porque é que fiz só uma caneca se ainda no outro dia disse que tinha encontrado o Amor.
Bem, quem me conhece sabe perfeitamente que sou um grande tretas!


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Mustache dá dicas para dias românticos..

Acredito que assim que leram o titulo deste post, soltaram uma enorme gargalhada. Afinal de contas, como é que um gajo como eu, que não percebe nada sobre mulheres (todos se devem lembrar da história com a Cátia Daniela), pode vir para aqui dar dicas sobre coisas românticas.

E até tinham razão, se eu ainda fosse o homem que era antes. Depois do duro golpe que foi a minha relação com a Cátia Daniela, decidi ter algum tempo só para mim e pensar sobre o que tem sido a minha vida, no que ao amor diz respeito.

Foi um tempo de muita reflexão. Foi um tempo em que me redescobri enquanto homem e onde finalmente descobri o que é amar outra pessoa e ser amado de forma igual.

Sim, é verdade. Descobri o Amor e hoje sou um gajo feliz.

Por isto, e como há que alimentar a relação, planos românticos a dois são um imperativo. E, vai daí, vou-vos contar como foi o meu último domingo, um dia em que aproveitámos esta primavera fora de época com que, todos,  estamos a ser brindados.

Depois de acordar às 9h  e de um pequeno almoço de torradas, fomos até ao Museu Nacional de Arte Antiga ver a exposição "Colección Masaveu", que conta com 60 obras emblemáticas dos grandes mestres espanhóis e que, por pertencerem a coleção privadas, raramente são expostas ao público. Como não era permitido tirar fotos, não vos posso mostrar o quão espetacular é a exposição. Acho que nunca estive tanto tempo em frente a quadros, a ver todos os detalhes, fosse dos homens, das mulheres, dos animais ou mesmo de natureza morta.



A seguir, e aproveitando que estávamos no Museu, visitámos o resto das galerias e o jardim. Sou sincero, nunca tinha estado no MNAA e adorei todo o espaço em si e tudo o que lá está exposto. É, de facto, um museu que merece a visita de todos.






No final, tínhamos decidido ir comer um brunch ao Hotel Real Palácio, mas decidimos experimentar um que estava mesmo em frente ao MNAA, no La Boulangerie. Foi uma agradável surpresa. Por 18€/pessoa, trazem-nos um combinado de queijos e carnes frias, salada, croissants, pão quante, doce, ovos mexidos e/ou estrelados, e uma bebida quente ou fria. O melhor é que podemos repetir aquilo que quisermos, se ainda tivermos fome depois da primeira vaga de comida. Com uma esplanada aquecida pelo sol, é, sem dúvida, um local que vale a pena visitar.



O resto do dia foi passado em casa, a ver séries e tv, apenas com uma pequena escapadela minha para ir treinar pelos lados de Monsanto (coisa pouca, apenas 1h36m e 15 kms).

Agora já sabem como podem aproveitar estes dias de sol para um dia romântico cheio com cultura, gastronomia, lazer e, caso gostem, com desporto (se ambos gostarem até podem ir os dois correr/caminhar/andar de bicicleta).

E depois digam que nunca sugiro nada interessante.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A Justiça em Portugal..

A Justiça em Portugal nunca foi muito transparente, mas agora é que a coisa vai ficar negra!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Três apontamentos sobre a última tarde de domingo..

1- Ainda bem que o Sporting gastou os golos todos na passada quinta-feira;
2- Está visto que o Sporting consegue acabar um jogo sem sofrer golos;
3- Batatas.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O problema em ser toupeira..

O problema em ver mal, não ter os óculos - juntamente com acordar atrasado, todo remeloso e só acender uma luz da casa de banho - e com uma borbulha no braço, é que a pomada para as picadas era afinal cola UHU.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Sorteio, give away, passatempo, caixa solidária - chamem-lhe o que quiserem - do Mustache

Esqueçam iPhones, iPads, iMacs e Mac Books, FNACS, WORTENS e afins.


O Mustache está a sortear 24 preservativos que por já terem sido retirados da pelicula para fins de... ermmm... demonstrações, já não podem ser vendidos!


Para se habilitarem a ganhar um ou mais modelos, só têm de gostar da página 'Now I Have a Mustache' no Facebook e deixar aqui um comentário com a cor, modelo e tamanho pretendido, e uma história engraçada que envolva o objeto a prémio.


No domingo os vencedores serã selecionados através do random.org.


Boa sorte a todos (e a todas que queiram surpreender os namorados)!



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Post em tempo real... a partir do McDonald's.

É 1 hora da madrugada e está uma dondoca, com uma barba pouco mais pequena que a minha, no McDonald's a sorver uma sopinha... e a despachar um pacote grande de batatas fritas.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Como ser hospitaleiro com turistas estrangeiros.

A maratona de Lisboa está aí a chegar e, por isso, dado a minha falta de treino, era urgente fazer um treino longo. Mas como já estou muito em cima do acontecimento, o longo teve de se transformar num mini longo. Assim, decidi que ontem iria fazer 21kms para ver como as coisas estavam. Depois do trabalho, arranquei perto do Hotel Myriad no Parque das Nações e o objetivo era seguir a marginal até ao km 10 e depois voltar para trás. Ao chegar à estação de Santa Apolónia sou abordado por duas turistas - meninas da minha idade, carregadas com malas e bagagens - e o diálogo que se seguiu foi este:

Turistas: Sorry...
Eu: Yeah?
Turistas: Do you speak english?
Eu: Yes.
Turistas: Can you tell us where is Rua Jardim do Tabaco? (ler o nome da rua em português com pronúncia inglesa)
Eu: More or less. Can´t you use your phone to see on Google Maps?
Turistas: No.
Eu: Ok, Let me use mine to see if you're far away.. and sorry if I stink. (já levava 8kms e estava um final de tarde muito abafado.)
Turistas: Thanks. ooh, there's no problem! (sorriso)
Eu: Well, you're here, in Santa Apolónia, and the street you want is that way. A 6minutes walk, 7 with all that baggage.. (sorriso)
Turistas: Are you sure it's not that way? (apontando para o oposto)
Eu: Very sure. I can walk you both there, if you'de like.
Turistas: Oh thanks, but that's not need.
Eu: Sure? It's not like I'm going to kill you...
Turistas: We know... (sorriso assustado)
Eu: ... Because I'm taking my medics very seriously this time. I don't want to happen the same as last time... It was pretty bad... (cara muito séria)
Turistas: ....... (olhar de pânico!)
Eu: Just joking!! (gargalhada) Go this way and you'll see a sign saying "Jardim do Tabaco". It's over there.
Turistas: (mais descansadas) Thanks a lot!
Eu: Have a nice stay!


E depois segui o meu treino. No final, foram 21kms em 1h59m, o que não é bom nem é mau. É apenas aquilo que melhor consigo depois de 32 dias sem correr um km. Espero que tenham aprendido como serem hospitaleiros para com quem nos vem visitar!



domingo, 4 de outubro de 2015

A vida é fodi... injusta.

São duas da madrugada, estou na cama desde a meia-noite, não consigo adormecer e estou com fome. Mas não posso nem ir ver televisão nem ir à cozinha comer porque tenho a sogra a dormir no sofá da sala, guardada por uma cadela que ladra como um louca se vir passar uma mosca no ar...

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Conselhos para uma boa entrevista de trabalho..

No outro dia, o gajo do blogue Por Falar Noutra Coisa escreveu um post dando algumas dicas para se fazer um CV. Mas ter um bom, ou mesmo um ótimo CV, não chega para se conseguir o trabalho. Se gostarem do vosso CV e vos chamarem, ainda terão de saber como se comportar e o que dizer durante a parte verdadeiramente crucial do processo de arranjar emprego: a entrevista!

Sei que para muitas pessoas isto é um autêntico 'bicho de sete cabeças', que são uns nervosinhos de primeira e que pensam que vos vão fazer perguntas relacionadas com o espaço, mesmo que se estejam a candidatar para tirar fotocópias na Staples. E é a pensar em vocês que eu vos vou dar algumas dicas para que tenham uma entrevista inesquecivel e que deixará o empregador de boca aberta, tal o espanto pela pessoa que têm à sua frente!


- Mostrem que são bons a delegar responsabilidades, mandando outra pessoa à entrevista por vocês.

- Quando vos pedirem para se descreverem em 5 palavras, digam: "Capacidades de contagem extraordinárias!". Riam.

- Levem uma caixa para a entrevista, apontem para ela e digam: "Eu faço todo o meu pensamento fora daquilo."

- Mostrem que dão 110%, despejando 10% de água a mais para o vosso copo. Sorriam com ar conhecedor.

- Digam que não vão precisar de hora de almoço porque se alimentam de resultados. Façam o barulho de um barco a motor durante 9minutos.

- Quando vos perguntarem porque são a pessoa indicada para o trabalho, desenrolem um pergaminho antigo em cima da secretária e digam: "Estava destinado.". Olhem-nos nos olhos.

- Mencionem que chumbaram em Educação Religiosa e digam "A única coisa que eu venero é produtividade!". Apontem os dois polegares para cima.

- Aluguem um cartaz do outro lado da rua sala da entrevista com uma foto vossa a lutar com um urso. Apontem para ele ocasionalmente.

- Se vos perguntarem se querem alguma coisa para beber, respondam "Pode ser um copo de emprego, se faz favor.". Riam-se durante 10 minutos. Nunca menos.

- Sejam confiantes mas subtis. Usem uma caneta para dizer "trabalho em equipa" em código Morse.

- Tatuem as vossas limitações num dos braços. Os entrevistadores adoram honestidade.

- Atendam uma chamada durante a entrevista e digam: "Não posso falar agora, vou entrar num túnel... Um túnel de esperança.". Pisquem o olho ao entrevistador.

- Lembrem-se, cada pergunta é um teste, por isso, quando vos perguntarem como estão, respondam: "Focado no sucesso, obrigado.".

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Próxima leitura: Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia - J. Rentes de Carvalho

Agora que já acabei o outro livro, é hora de passar ao seguinte para não perder o embalo que se apoderou de mim.

Sobre "A Rapariga no Comboio", confesso que me surpreendeu. dei por mim a tentar adivinhar quem seria o mauzão da história (há sempre um mauzão ou uma mázona) e a não acertar a não ser no preciso momento em que foi demasiado óbvio, ou seja, praticamente no final.
É um bom livro, com uma boa história e a forma como é escrita (como 3 diários, um de cada uma das 3 mulheres da história) prende-nos e mantém um bom ritmo nos acontecimentos. Vale bem a pena.

Agora, deixa lá ver o que o que a Júlia tem para me dizer.
É o segundo livro que vou ler de Rentes de Carvalho, o primeiro foi  muito bom.


domingo, 20 de setembro de 2015

Próxima leitura: Lolita - Vladimir Nabokov

Sim, tal como no "Filhos da droga", que todos já tinham lido, só agora é que vou ler este pela primeira vez.


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

MotelX 2015

A partir de agora, se precisarem falar comigo, estarei, certamente, no Cinema São Jorge.



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Morrer na praia..

"Oportunidade

A 26 de Março de 1993 o mundo mudou.
A capa do The New York Times mostrava algo que a Sociedade do consumo imediato, da fartura e abundância, o 'American way of life' não estavam habituadas: uma criança emaciada, de bruços, engatinhada num chão de terra batida empoeirada enquanto um abutre esperava a sua morte para a refeição.
África era o símbolo da fome no Mundo, e o fotojornalista Kevin Carter conseguiu demonstrar todo o seu realismo num único fotograma.

A oportunidade da sua carreira, de fotografar mas não de interagir, garantiu-lhe, em Abril de 1994, o prémio Pulitzer pela imagem captada. Pelo serviço prestado em difundir uma realidade tão concreta e absoluta, táctil, que transformou a Sociedade Ocidental num todo.

Kevin nunca chegou a sabê-lo, mas África é hoje, ironicamente, o Continente detentor da Capital mais cara no Mundo para se viver, ainda que sustenha os piores índices de pobreza, pois o fotojornalista viveu os últimos meses da sua vida, desde que tirou a fotografia da pequena menina faminta em busca de comida, atormentado em angústia por ter feito apenas uma foto e não ajudado um ser tão Humano quanto ele.
A 27 de Julho de 1994 suicida-se.
O realismo da realidade não foi uma oportunidade de vida. Antes de morte.

A 2 de Setembro de 2015 o mundo mudou.
Os noticiários de todo o Mundo Ocidental mostraram algo que a Sociedade do consumo de crédito fácil, da factura e impostos, o 'European way of life' não estavam habituadas: uma criança como as nossas, de bruços, estendida num areal banhado pelas ondas do mar.
Estava morta. Afogada.
Um desses a quem se chamou de imigrante ilegal. Corrigiu-se para refugiado.
De quem, de praga passou a uma oportunidade laboral a aproveitar.

Europa é o símbolo da Democracia. Mais que isso: da Liberdade individual e da Paz.
Da possibilidade de se poder ser quem se é, perseguindo esse bem único e pessoal, transmissível e perecível: a Felicidade.

Para Aylan Kurdi, a criança de três anos que morreu afogada junto com o seu irmão Galip e a Mãe Rahan, a Europa foi o destino final de uma fuga iniciada na Síria. Já para o Pai, Abdullah Kurdi, a Síria será o seu destino, uma vez que aqui, perante a forma adversa e incapaz como se está a lidar com um problema cuja responsabilidade, em parte, em nós, assenta. Regressa para enterrar a sua Família. A sua vida que terminou nas encostas de um egoísmo burocrático.

Volta sem o maior bem que todos nós aqui temos sem percebermos ter: uma oportunidade.

Mas e uma solução... Não é disso que isto tudo se trata?
Há que haver uma solução.
Claro que há. Não será com certeza com abaixo-assinados risíveis a pedir que não se criem centros de refugiados para protecção do Turismo, nem muito menos dizendo culpabilizar a Alemanha pela vinda dos migrantes.

A culpa, em casos de migrações forçadas, em que a vinda de grandes massas de população por períodos de tempo concreto, morre virgem e solteira.
Claro que há sempre os que buscam a conjectura política ocorrida na Base das Lajes a 16 de Abril de 2003, para o desencadear da Guerra do Iraque, e por conseguinte, tudo o que daí adveio, e uma culpa Portuguesa no cartório.
Só que o livre arbítrio, mesmo onde não existe opção de escolha, designam que nada é garantido, e assim, isolar um acto para um efeito é só mitigar o problema actual para uma responsabilidade qualquer sem que se resolva o presente, permanecendo num distante passado.

A permanência, mesmo que não temporária, dos que buscam asilo da Guerra, em território Europeu, terá, por necessidade, de enfrentar um dos grandes tabus da União.
Não, não é a problemática do livre trânsito entre países. Antes fosse.
Não. O problema que se arrasta desde à longo tempo na Europa das amizades e simpatias, é o politicamente correcto entre portas, sem se perceber em como o mundo não nos aceita como nós os aceitamos a eles.

Se querem desfrutar do "European way of life", têm de cumprir as regras do "European way of life".
Aqui a razão não é uma inversão de valores. ´Será antes um 'toma lá dá cá', em que se tu queres ter determinado comportamento na nossa União, nós Europeus também poderemos nos comportar da mesma forma no teu país de origem.
Não devemos pedir nem mais nem menos.
Não é racismo, ideologia ou exclusão social.
É uma razão lógica de proporção.

Não te descrimino se tu não descriminares.
É bom senso.
É a oportunidade que eu te dou se tu me a deres a mim."



Foto de 1993, não a de 2015, mas as parecenças são abismais
 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Adivinhem o que foi o almoço..

Eu: Estou a sair do trabalho.
Ela: Ok, vou começar a preparar o almoço.
Eu: 10 minutos e estou em casa.
(5 minutos depois)
Ela: Olha, podes passar na Telepizza? Houve um ligeiro problema com o almoço.
Eu: Já percebi...



domingo, 9 de agosto de 2015

Na praia..

Há duas coisas que adoro ver quando estou na praia: a areia a secar-me nos pés e lésbicas a meterem protetor uma na outra. Acho que gosto mais da segunda.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Se a vida fosse um filme..

Quando íamos de férias, íamos para um resort de luxo ou para a nossa mansão na praia, acordávamos a meio da manhã para um pequeno-almoço repleto de panquecas e sumos e frutas várias, íamos para a praia paradisiaca e quase deserta deitarmo-nos nos bancos à sombra de um guarda-sol em forma de palmeira enquanto bebíamos água de côco e mojitos e caipirinhas fresquinhas, o almoço era um festim de marisco e regado com litros de vinho gelado, à tarde passávamos pelas brasas e éramos acordados pelo riso distante das crianças, íamos para casa jantar o que a empregada tinha feito ou para um restaurante da moda deliciarmo-nos com um peixe, e, por fim, íamos para casa fazer o amor durante horas a fio antes de adormecer. No dia seguinte, repetíamos tudo.
Mas a vida não é um filme.
Vamos de férias para uma casa alugada ou emprestada - que a vida não está fácil - que nem TDT tem, acordamos cedo para se apanhar uma sombra para o carro e um sitio na praia perto do mar e o pequeno-almoço é a despachar - Chocapics serve perfeitamente -, chegamos à praia e todos os lugares bons estão ocupados e acabamos por ficar longe da água e do bar, o almoço são sandes mistas e rissóis e Bongos quentes porque alguém se esqueceu de fechar bem a geleira, à tarde tentamos passar pelas brasas mas somos constantemente acordados pelas crianças que passam a correr e nos enchem de areia até aos olhos, a caminho de casa já estamos a pensar o que vamos fazer para o jantar - ir jantar fora é proibido, porque, já se sabe, a vida não está fácil - e de quem é a vez de lavar a louça, no final do dia vamos cheios de boas intenções de fazer o amor - mais que não seja apenas 10minutos - mas assim que caímos na cama estamos demasiado cansados para levantar sequer um braço e adormecemos. No dia seguinte, repetimos tudo.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Das miudas de hoje..

Quando as vejo deitadas na praia - na areia escaldante, sob um sol cancerigeno, untando-se com óleo para acelerar esse processo, com os seus bikinis capazes de envergonhar a mais desavergonhada lá daquilo dos Segredos e a fumarem - penso para comigo, enquanto lhes vejo os corpos desenvolvidos e torneados, que se têm idade para fumar, certamente já têm idade para sentir o peso de um homem em cima.
Mas depois ouço-as, a falarem daquela noite em que se embebedaram, dizendo aos pais que iam para casa de uma amiga, ou daquela vez em que iam sendo apanhadas a fumar no quarto, e reparo que ainda nem os lentes de leite perderam.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Güeros

Antes de ir de férias, fica esta mensagem que vi ontem neste filme.




"Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição."
 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Maior praga do século vinte e um..

Os(as) filhos(as) da puta, cabrões(as) de merda, que não saem da faixa do meio na autoestrada!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Preciso da vossa opinião

Este blogue nem sempre foi um local de deboche e de aventuras tontas.
Houve, em tempos, lugar a textos de escrita criativa, séria e com alguns laivos de génio. Alguns, até, muito elogiados. Tipo este.
Estão a ver ali nos separadores, um que diz "Love is Timeless", uma história que comecei a contar já nem sei quando, mas que entretanto parei e escondi o separador.
Caso estejam interessados, podem ler e opinarem sobre se devo ou não continuar?


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sexo nas relações..

Toda a gente sabe que, numa relação, bom sexo é tão importante quanto uma boa comunicação.
Tendo em conta as minhas antigas relações, tenho de aprender a comunicar melhor.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Só à lei da bala..

Estava eu a sair de um estacionamento, quando, uns metros mais à frente, alguém começou a fazer o mesmo. Fez marcha atrás, muito rapidamente, até ter metade do carro de fora e conseguir ver se vinha alguém. Apesar de estar com fome, deixei o homem fazer a manobra até ao fim. Quando ele viu que estava um carro à espera, abrandou consideravelmente a velocidade da manobra. Quando quis andar em frente, deixou o carro ir abaixo. Quando finalmente acabou a manobra, parou a carro, a 2 metros de onde estava estacionado, atrás dos outros carros e a ocupar metade da faixa. Não ligou piscas, não fez nada. Simplesmente parou e, quando passei por ele, estava a brincar com o telemóvel.
É nestas ocasiões que tenho pena de isto não ser uma américa e eu poder ter uma 9mm no porta-luvas do carro.


terça-feira, 7 de julho de 2015

Dicas para ti, homem fraco, que não consegues engatar uma miúda.

Acho que a última vez que saí à noite para beber uns copos e abanar o fémur, "Like a Prayer" da Madonna era o hit em todo o lado. Agora, não conheço uma única música que lá os dj's passam, mas parece-me que serão ritmos de uma tribo da África Central, que faz com que todos dancem agarrados e a sacudir o nalgueiro.

Como já devem ter percebido, há mesmo muito tempo que não tinha um pouco de vida social. Assim, aproveitando o jantar de final de curso, lá saí para me divertir um pouco.

Vou ser sincero: fui para beber à grande e sem pensar nisso. Comecei com um mojito ainda antes de entrar no restaurante, bebi sangria a rodos e terminei com um Bushmills (sem gelo), antes de sairmos para onde quer que me quisessem levar. Parece que o início de noite para toda a gente continua a ser o Bairro Alto e o Cais do Sodré. Ao que parece aquela lei que impede os jovens de beberem álcool está a dar resultado. Nem mesmo quando andava na escola primária e chegava a hora do lanche, eu vi tanta gente agarrada a pacotes de 200ml de leite achocolatado. Despachei mais um balde de mojito e segui parte do grupo (felizmente eram mesmo do meu grupo) até ao Meninos do Rio, um espaço agradável, a céu aberto, que passava aquelas tais musicas de acasalamento tribais. Quando dei por mim, estava sem me conseguir mexer no meio da pista.

Uma coisa que tinha, de facto, saudades quando saía à noite era observar as pessoas: o comportamento deles e o rabo delas. Assim, foi o que fiz. E rapidamente percebi que há por aí muito jovem que, pura e simplesmente, tem tanto jeito para engatar um miúda como o Vale e Azevedo para dizer verdades. Estava com um amigo meu a topar duas miúdas a dançar e, entretanto, aparece um gajo todo gingão a dançar na direção delas. A primeira coisa que faz, ou tenta fazer, é passar a mão na cara de uma delas. Obviamente que ela recuou logo e se afastou com a amiga. E eu fiquei a pensar: "Eu nunca fiz destas figuras, mas.... será que ainda tenho o meu Mojo?"



Ao fim de ter conseguido encetar conversa com 3 gajas diferentes, indo para a casa de banho com duas (para lhes segurar o copo, calma!), acho que tenho de partilhar aqui 3 técnicas infalíveis, a ver se estes jovens aprendem qualquer coisa. O difícil nisto de meter conversa é saber como iniciar a conversa de forma a que ela não pense que vocês são uns tarados com algo mais que o telemóvel no bolso. Simples, não é? A minha técnica e dizer qualquer coisa que a faça rir. Se ela se rir e ainda vos chamar "estúpido", a conversa vai continuar. Se o adjetivo for "parvo", vão acabar a tirar-lhe o fio dental como se fosse fio dentário. Aqui vai...


O Ignorar:

Convém teres um amigo contigo. Vais ter com uma miúda e dizes-lhe que o teu amigo é muito tímido mas que gostava de a conhecer. Ignoras por completo a amiga dela. Quando a outra se sentir posta de parte e te perguntar se ela é invisivel, dizes-lhe que não podes falar com ela. Quando ela te perguntar o porquê, tu rematas com esta "Porque eu tenho diabetes. E tu és claramente a coisa mais doce que aqui está...". PUMBA!! Cuidado com esta, porque há casos de gajas que começam logo a fazer felácios.


O Nome:

Para esta não precisas não precisas de ignorar ninguém, mas vais fazer com que as amigas dela se sintam rejeitadas. Chegas ao pé da gaja que queres e dizes "Olha, fiz uma aposta com o meu amigo em como acertava o teu nome.", quando ela te disser para tentares adivinhar tu rematas com esta "Só pode ser Luz, porque és a estrela mais brilhante do Universo...". PUMBA!!! 2 a 0!!!


Não é para todos:

Esperas que elas simplesmente venham falar contigo, impressionadas com a tua magnifica barba e rematas com esta:


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Fim de semana de cinema francês...

Sábado

Qu'est-ce qu'on a fait a Bon Dieu? (Que mal fiz eu a Deus?)



Domingo

L'Astragale (Astrágalo)



(Nota: claro que se falo deles no blogue, é porque merecem ser vistos.)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

No Sushi Fest, tal como nisto dos blogues...

Diz que quem foi ao Sushi Fest, no primeiro dia, que esperou cerca de 3horas para comer um nigiri e nem o conseguiu cheirar, e mais 1hora para tentar escrever uma reclamação, sem o conseguirem, saindo de lá a sentirem-se defraudados.
E eu lembro-me logo de alguns blogues que escrevem 2 folhas A4 de texto, começando com uma vaga ideia que me entusiasma mas, chegando ao fim, não tem conteúdo algum.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

A Insustentável Leveza de Ler.

A Demanda já terminou. Aliás, terminou 3 dias depois de o começar a ler, tal era a sofreguidão com que lia página atrás de página. Terminada que estava, abriu-se espaço para nova jornada. Numa daquelas noites em que se rebola na cama de um lado para o outro sem se conseguir adormecer, fui para a sala, sentei-me no sofá e fiquei a olhar para a estante. Levantei-me e lembrei-me que queria ler Lolita. Procurei, procurei e não o encontrei. Sei que lá está - aliás, já sei onde está -, mas, na sua "ausência", fiquei a olhar para outro. Peguei nele e comecei a ler.

Agora, segundo Nietzsche, este é um livro que já li noutra vida e que irei ler em todas as minhas futuras vidas. Veremos se já noutra vida fiz a escolha certa.


Sim, já tem alguma idade...

Está a melhorar...

Não me recordo com toda a certeza o ano em que o filme estreou nos canais portugueses. Sei apenas que foi o primeiro filme que me fez chorar. E quando digo chorar refiro-me a lágrimas a escorrerem pela cara e a pingarem para o colo. Não que seja o melhor filme de todos os tempos, que não é. Não que seja um grande drama, que não é. Nem tão pouco que tenha uma grande história por detrás, que não tem. É apenas a história da tentativa de um grupo de homens normais que tentam salvar o planeta Terra de levar com um meteorito, extinguindo tudo e todos.

No entanto, há ali qualquer coisa na cena do pai que vai entregar uma miniatura de avião ao filho que não pode ver, na cena da conversa do pai que diz à filha que vai ter de quebrar a promessa que fez em voltar para casa, deixando-a agarrada a um ecrã sem imagem, na cena em que Harry fica para morrer, dizendo a A.J. que sempre o viu como um filho e que o trabalho dele agora é tomar conta da sua filha, na cena do abraço do filho ao pai que não sabia ter... Há qualquer coisa nestas cenas que me fazem libertar as lágrimas.

Já devo ter visto o filme mais de 20vezes (literalmente) e é sempre assim. Ontem, quando tinha mesmo de sair de casa, começou a dar. Quando regressei a casa, já perto da meia-noite, peguei no comando e passei para trás para ver o filme. Pela primeira vez, nas ditas cenas, não chorei de lágrimas a rolas. Mas fiquei com os olhos cheios de água. Quem sabe, se daqui por mais 20vezes, o consiga ver sem me emocionar.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Amor também é isto..

Ele peidar-se em frente à ventoinha para o cheiro ir ter com ela e ela gritar entre risos e cara de enjoada "És nojento!!"


É só uma piada..

Cada vez mais se vê mais pessoas que ficam muito ofendidas quando alguém conta uma piada que seja mais "politicamente incorreta". Aliás, vivemos numa época em que todos se ofendem com tudo. Mas, a verdade, é que em alguns casos, é mesmo esse "veneno", esse "pôr o dedo na ferida", esse "politicamente errado" que faz com que algo tenha realmente piada.
Sinceramente, acho que não há nada com que não se possa brincar ou fazer piadas. O que acontece é que podemos ser mais ou menos sensíveis ao tema por nos afetar ou por termos familiares amigos que são afetados. Por exemplo, a minha avó tem Alzheimer, e já me ri imenso com piadas sobre isso. É tudo uma questão de capacidade de encaixe. Senão, qualquer dia, com tudo isto de termos de ser "politicamente corretos" é isto que vai acontecer:

Num espetáculo de stand-up:

Humorista: Um gajo branco, um gajo negro e um gajo chinês entram num bar...
Mulher no público: Isso é sexista!
Humorista: oh, ok. Um gajo negro e uma gaja branca entram num bar...
Homem no público: Homofóbico!
Humorista: Ok.... Dois humanos entram num bar..
Velhota no público: O alcoolismo destrói vidas!
Humorista: .... Dois humanos vão a um sitio...
Maluco no público: Muitos de nós identificamo-nos com quadrúpedes!
Humorista: ...... Dois seres vão a um sítio...
Velhote no público: Oh, já ouvi esta antes!



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Gays, gays por todo o lado. E apoiantes, claro!

Tenho lido por aí que, aquilo dos States terem aprovado uma Lei em que todos podem casar com quem quiserem, é que é um passo na evolução. E eu fico cá a pensar com os meus botões...

Para haver evolução é preciso que haja pessoas para se evoluir. Pessoas novas, vontades novas, cérebros novos, mentalidades novas. Ora, se um homem casa com um homem e uma mulher casa com uma mulher, isto não está a reduzir o número de pessoas que nascem e, consequentemente, a reduzir a evolução?



Agora que já disse o meu "Ba Dum Tsss", vou falar a sério. O que realmente me irrita - tal como imagino que irrite muito mais quem é homossexual - é a quantidade de pessoas que decidiu alterar a sua foto para um arco-íris muito fofo, muito gay pride e muito direitos iguais para todos, quando, na verdade, isso lhes interessa tanto como a unha encravada que tenho num dedo. Pessoas que nunca se mostraram solidárias com a causa, que - muito possivelmente - são contra a adoção de crianças por casais homossexuais, que se virem um casal homossexual na rua se desviam ou fazem com olhar reprovador, são agora o arquétipo da virtude igualitária, o pináculo da tolerância, só porque o Facebook criou uma aplicação toda pipi que lhes dá a possibilidade de parecerem que, sim senhor, somos todos pelo mesmo.

E vou ser muito sincero, conheço muita gente homossexual, tanto homens como mulheres e acho que não se deve comemorar qualquer coisa que seja "Direitos dos Homossexuais", por um único motivo. Os homossexuais, tanto homens como mulheres, são Homens, devendo estar protegidos pelos Direitos do Homem. O que adquirem, hoje em dia, um pouco por todo o mundo não é um direito. O que eles conseguem é que possam usufruir de um direito que sempre foi deles.

Agora estou à espera do primeiro convite para um casamento gay porque aposto que a sala estará muito melhor decorada e que a comida será muito mais saudável.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Gatos, gatinhos, gatões... e gatinhas.

Podia falar daquilo do gato lá para a zona dos bois transmontanos, mas não o vou fazer. Até porque vi o video e o gato escapou, fugindo a tal velocidade que até deixava fumo atrás de si. Assim, como tudo acabou em bem, posso falar de outros gatos.

Ontem, no final do dia, decidi ir dar a minha corrida habitual. Saí de casa e dei a volta de forma a passar na Quinta das Conchas, para ver o ambiente da festa que iria acontecer à noite, porque tem bebedouros e porque é um sitio sempre cheio de pessoal a fazer exercício ou, simplesmente, a passear. Foi quando estava numa zona de terra batida que os vi, 100metros à minha frente. Dois gatos - altos, esguios, de calções e barba por fazer -  a caminharem lado a lado e a darem cerejas na boca um do outro. Nada de extraordinário, nem nada contra. Cada um faz o que quer e, se as cerejas estivessem quentes, o máximo que pode acontecer é apanharem uma dor de barriga. O único problema é que iam lado a lado, bloqueando a estreita estrada, ladeada por pequenas árvores e arbustos. Felizmente, ouviram os meus passos e um deles dá uma corrida para se desviar, ficando os dois a olhar para mim. Quando passo por eles, digo "Obrigado, rapazes!". E não pude deixar de olhar para trás e sorrir quando um deles responde "Nós é que agradecemos por nos mostrares essas pernas!". Confesso que fiquei com o ego lá em cima, porque me tenho esforçado no reforço muscular e, ao que parece, os resultados já são visíveis.

Continuei e passado umas centenas de metros, deparei-me com duas gatinhas sentadas num banco, não num ritual de alimentação, mas quase num ritual de canibalismo. Mais uma vez, nada contra! E já que estavam numa de comer linguado, pensei que pudessem querer também provar um prato de carne, tipo, um naco como eu. Inspirado com o que me tinham dito 2 minutos atrás, parei perto delas. Despi a tshirt e comecei a fazer uns alongamentos, sempre fixando-as nos olhos e fazendo a minha cara mais sexy. Resultou tal com eu pretendia! Passado 2 minutos, olharam para mim, chamaram-me nojento, levantaram-se foram-se embora, e eu pude sentar-me no banco e descansar um pouco antes de voltar para casa.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

E, depois, temos os que vivem para os outros.

Pessoas que abdicam de tudo para ajudar os outros, para que os outros deixem de ser "bichos", para que saibam agarrar num "garfo", para que se possam salvar.

Uma reportagem que merece ser vista com atenção e partilhada até à exaustão!


Clicar aqui para ver a reportagem

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Somos, na grande maioria, muito mal formados.

Raramente ando de transportes públicos. Porque tenho carro próprio e porque não suporto as pessoas que andam neles todos os dias e que acham que têm o lugar marcado. Há uns anos, quando tive de andar de metro, levava sempre um livro com uma gaja de burka na capa, o que me valeu ter sempre lugar sentado. O ataque lá às gémeas era recente e o livro devia assustar muita malta. (Agora que penso nisso, acho que não levei uma navalhada no bucho porque não calhou).

Adiante. No último sábado, por motivos vários, decidi usar o metro. Fim de semana, era provável que não houvesse muita gente a frequentá-lo. Entro e deixo-me ir em pé, encostado a uma parede em frente a uma porta. Na paragem seguinte, entrou um rapaz que tinha claramente problemas físicos e, possivelmente, cognitivos. Vinha carregado com um saco de desporto mas tinha dificuldade em andar e em mexer os braços. O fio de saliva que lhe escorria por fora dos lábios, indicava que era um rapaz com problemas. Ele entrou e olhou em volta. Nada de lugares vazios, pelo que se agarrou a um poste central e, a custo, levantou um braço para se segurar num dos apoios do teto. As pessoas que estavam sentadas - desde jovens a adultos e idosos - olharam para ele. Olharam e desviaram a cara na primeira curva onde o rapaz parecia que ia cair a qualquer momento. A partir desse momento, não mais o fitaram. Espetaram os olhos na biqueira dos sapatos ou nos telemóveis e ignoraram por completo o rapaz em dificuldades. Não houve uma única pessoa que tenha cedido o seu lugar ou, pelo menos, lhe tenha perguntado se se queria sentar. Claro que assim que saíram pessoas, o rapaz cambaleou até eles e sentou-se, fazendo o resto da viagem bem mais descansado e sem correr o risco de cair.

Eu sei que ninguém é obrigado a ceder o lugar. Sei que o rapaz, para ali andar sozinho, é uma pessoa autónoma. Mas também sei que não custa nada abdicarmos um pouco do nosso conforto para que alguém mais necessitado o possa ter.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Um breve conceito de desilusão mútua..

Em plena fila de trânsito, estou no para/arranca com as janelas abertas e música de há 3 décadas a tocar, com o volume, talvez, mais alto que o recomendável. Nisto, enquanto toca uma de Led Zeppelin, do meu lado esquerdo, na mesma situação que eu - aquela do para/arranca -, vejo uma bela jovem no seu A1 branco, igualmente de janelas abertas. É no início de uma de Guns que os nossos olhares se cruzam. É num solo de Slash - aquele da chuva de Novembro - que trocamos sorrisos ao ver que a única forma do condutor de um carro elétrico andar, é saindo e empurrando-o até à tomada mais perto. Nisto, entram os The Eagles com o seu Hotel - aquele da Califórnia - e aquela batida tão característica. Reparo que ela movimenta o corpo ao ritmo dessa mesma batida. Entretanto entram as primeiras cordas e a sua cara enche-se de confusão. Quando a cantoria começa, a desilusão é mais que evidente naqueles lindos olhos castanhos. Olha para mim e diz, quando baixo o volume, "pensei que fosse kizomba..."
Sim, a desilusão é mútua.

Eu gosto de ler, mas os livros chateiam-me.

Não me levem a mal em dizer que os livros são uma coisa bastante chata, chegando ao ponto de me incomodarem. E eu até gosto do cheiro deles, do toque do papel, das capas com relevo, de os ver direitinhos na estante ou espalhados pela casa, mas ler um livro pode mesmo ser uma coisa cansativa. Mas já lá vamos...

No último dia da Feira do Livro, lá fui eu aproveitando uma pausa na chuva. Claro que aquilo estava a abarrotar de gente, mal se conseguia dar um peido sem que alguém virasse logo a cara à procura do terrorista do gás. Livros para todas as idades e para todos os gostos. Pudesse, e tinha comprado um exemplar de cada para meter na, se pudesse, minha biblioteca privada. Há uns anos uma amiga disse-me uma coisa que a sua mãe lhe tinha dito e que me ficou gravado na memória: "Pode não haver dinheiro para mais nada, mas para pão e livros tem de haver sempre.". Sou apologista desta afirmação e tento ao máximo ser-lhe fiel. Mas adiante. Dos livros que levei para casa, ontem comecei a ler um de uma autora que desconhecia. Foi comprado porque gostei do nome da autora, do nome do livro e da ilustração da capa.



E, agora, das duas uma: ou eu tinha muitas saudades de ler coisas que não fossem relacionadas com a universidade, ou o livro é mesmo bom. Posso afirmar que é um pouco de ambos. Ontem, depois de ter começado a ler o livro à 23h, obriguei-me a parar de ler quando já eram quase 3 da madrugada. Metade do livro ficou lido e achei que queria guardar mais um pouco para outro dia. Para além de uma ótima história, a escrita desta senhora é que realmente me cativa e prende. A descrição que ela faz do início de vida do jovem Randolph - ou Rannie, ou Rann -, desde o momento em que ainda está no útero da mãe, até já saber ler aos 3 anos, passando pelas aprendizagens do sentar, gatinhar, andar, falar, saber o que é dor e prazer, é completamente sublime. Aliás, foram este tipo de descrições que lhe valeram, a Pearl S. Buck, em 1938, o Prémio Nobel da Literatura, pelas descrições dos trabalhadores camponeses chineses. A história desenrola-se a um ritmo que nos impossibilita sequer de pensar em fazer uma pausa. Outra coisa, é o facto de há muito não me rir, mesmo à gargalhada, com um livro.

Mas então, se só digo coisas boas dos livros, porque é que me chateiam? Fácil. Odeio estar a virar folhas! E quanto mais pequeno é o livros (em termos de tamanho de página e não de número de folhas), mais vezes tenho de virar páginas. E isto irrita-me. O cortar do ritmo da leitura, mesmo que por menos de um segundo, faz-me suspirar de aflição. Ontem, ao fim de quase 150 páginas, estava quase a dar em doido! Não, não me vou virar para os digitais, porque como disse, gosto do toque da folha de papel, mas gostava que imprimissem os livros num tamanho maior que um postal de férias.



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Stray Dogs - O melhor filme de todo o sempre e para sempre!

Stray Dogs (Cães Errantes, em português) é, muito provavelmente, o melhor filme de sempre e sê-lo-á para sempre. Do realizador Ming-liang Tsai, este filme vencedor de vários prémios, conta-nos a história de um pai alcoólico e os seus dois filhos, a tentar sobreviver na cidade de Taipei, que se cruzam com uma senhora, que vive sozinha e que trabalha no supermercado, que poderá mudar as suas vidas. Um drama daqueles bem pesados e que nos deixa a pensar na vida.

Mas acaba por ser a forma como o filme é filmado que lhe confere este título de "melhor filme de sempre e para sempre". Para mim, claro. Rapidamente percebi que cada plano demorava bastante tempo, com os atores quase estáticos a olharem pensativos para um sitio qualquer. A determinado momento do filme, comecei a contar os minutos que cada um destes planos demorava.
Vou só relatar duas cenas.

A cena do repolho (8:30m)
O pai chega ao abrigo onde os filhos já dormem na cama improvisada de paletes e um colchão e uma rede mosquiteira a toda volta. No meio da cama está o repolho que a miúda tinha comprado 3 dias antes e que utilizaram para fazer uma boneca, com uma cara desenhada. O pai, bêbado, começa a olhar para o repolho e vê a cara desenhada. Usa a sua almofada para asfixiar o repolho. Esta parte dura 2:30m. Depois, arrependido, abraça o repolho. Volta a revoltar-se com o repolho e o que se segue são 5 minutos em que o vemos a comer o repolho. Quando está "saciado" e o repolho metade comido, metade destruído, chora durante 1 minuto.

5 minutos disto


A cena final (19:30m)
O pai e a mulher do supermercado entram numa divisória de um prédio abandonado e ficam a olhar para a parede do fundo que tem umas pedras desenhadas. O plano da câmara filma as caras dos atores a fixarem a parede. De vez em quando, o homem beberica de umas garrafas que trouxe consigo. Esta cena dura 12:30m. Depois, ainda no mesmo plano, vemos o homem a abraçar a mulher. O abraço durou até aos 14minutos. Muda de plano e ficamos a ver os atores de costas, virados para a parede com as pedras desenhadas. Quando muda o plano, ela sai da sala, demorando 30segundos. Ficamos, então, a ver o pai de costas, fixado na parede com as pedras desenhadas, durante 4minutos. Aos 18:30m da cena, o pai começa a sair da sala, pelo mesmo caminho que a mulher foi, demorando 30segundos. Os restantes 30 segundos, continuamos com o mesmo plano, vendo a sala vazia com a parede com as pedras desenhadas. O ecrã fica preto e o filme acaba.

12minutos e 30 segundos disto

1minutos e 30 segundos disto

5minutos disto



Nenhuma palavra foi proferida durante estas cenas e outras um pouco menos longas.
O filme tem 4 ou 5 cenas com diálogo, nunca muito longo.
Podiam adormecer durante algumas cenas que acordavam e ainda estava tudo na mesma.
Os planos eram fixos, a câmara não se movia (excepto uma vez).
O filme ganhou 13 prémios em Festivais de Cinema.
O filme tem 138minutos!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Momento Shiuuuuuu

Quando estou em sitios com muita gente gosto de libertar uns peidos fedorentos.


(Foi um primo de um conhecido de um amigo de um gajo que eu não conheço que me contou.)

terça-feira, 9 de junho de 2015

Tudo acontece por uma razão..

- Mãe!!! O meu peixinho morreu!
- Aww filha... Tudo acontece por uma razão. Lembras-te daquele dia em que fizeste cocó nas cuecas em frente ao novo namorada da mãe?
- Sim...
- Foi por isso que matei o teu peixe estúpido.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Já se estava à espera, Anita..

Depois de tudo o que a Anita passou na vida, só podia mesmo acabar a trabalhar no Passerelle, com o nome de Martine.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Deixem-se de merdas..

Deixem-se de merdas. Com novo Acordo Ortográfico ou sem novo acordo, vão continuar a dar erros de meter medo.

Daquilo da Lei da Cópia Privada..

Aquilo que realmente me chateia nisto da Lei da Cópia Privada e do imposto disfarçado de taxa, é o facto de que pode, realmente, algum do meu dinheiro, ir parar aos bolsos do João Pedro Pais ou do André Sardet.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

AQUI!! AQUI!! AQUI!! AQUI!!

Opá, hoje em dia, estando eu em todos os lados e a toda a hora - até quando faço amor com a minha mulher uso aquilo dos videos em direto -, só não me seguem se forem feios e maus. Sabem que isso me faz muito bem ao ego e até me ajuda a correr mais melhor rápido depressa!

Bullying é o caralho!

O que não falta por aí é gente que, desde tenra idade, tiveram uns pais a dizerem-lhes que o melhor era não fazerem isto ou aquilo. Que não valia a pena ter treinos de futebol porque era fraco das pernas, que não valia a pena ter aulas de dança porque tinha dois pés esquerdos, que não valia a pena estudar muito porque na família nunca ninguém terminou o 12º ano, que não valia a pena sonhar alto porque depois a queda é maior. E cresceram convictos que as coisas eram mesmo assim. Que uns estão talhados para o sucesso e que outros nascem, apenas, para um dia mais tarde morrerem. Com sorte, deixar alguma prole igualmente formatada para o sucesso da mediocridade. Hoje, vivem felizes da vida a toque de subsídios e clamam aos céus a sua pouca sorte e que os sortudos, aqueles que nasceram com o rabo virado para a lua, não sabem o que é sofrer.

Depois, há o inverso. Aqueles que, ainda na barriga das suas mães, já ouviam dizer que seriam o novo prodígio universal, enquanto eram embalados por Bach que saía dos headphones encostados ao umbigo. E enquanto foram crescendo, os seus queridos papás, tentando colmatar as suas falhas de adolescentes e vivendo os seus sonhos através deles, os incentivam a fazerem de tudo e ainda a ir à lua. Mais!, mais do que incentivar, aplaudem de pé todo e qualquer fracasso atingido, relembrando-lhes como eles são superdotados e que os outros é que não reconhecem o seu talento inato: serás um excelente pintor (mesmo que diga que juntar verde com amarelo dá castanho), serás um belíssimo escritor (mesmo que tenha 15 anos e esteja a terminar a 4ª classe), serás um cantor aclamado pelo mundo inteiro (mesmo que a criança tenha nascido muda). E crescem nesta ilusão que são mesmo bons, que todos os adoram, quando a realidade não podia ser mais oposta.

Por isso, é normal ver, nesses programas de procura de talentos, rapazes e raparigas a fazerem figuras, no mínimo, tristes. Não vale a pena estar com 'meias palavras' ou 'paninhos quentes', as figuras são mesmo ridículas e deploráveis. Em programas onde o talento que se procura é a voz, ou a capacidade para cantar, isto é ainda mais visível... e audível. Programas como o "Ídolos" tem a capacidade de mostrar todos aqueles meninos e meninas que cresceram com os paizinhos e mãezinhas a dizerem que "sim senhor, pareces um rouxinol!". E à primeira oportunidade, lá vão eles inscreverem-se porque "Tenho tudo para ser um ídolo.". É mentira, não tens. Não tens nem nunca tiveste. Sempre que a tua mãe te disse o contrário, foi o mesmo que te empurrar em direção ao precipício, que agora cais para que todo Portugal veja... e se ria enquanto cais desamparado.

Assim, da mesma forma que não têm o descernimento para perceber que não cantam um chavo, também não o têm para se lembrarem do que fizeram em edições anteriores a outros concorrentes como eles. Os outros da seção "os cromos". E se se riram das figuras dos outros, já não se conseguem rir das deles.

Isto tudo para falar da nova polémica que anda por aí. Que "ai meu deus" a SIC fez "bullying" a um miúdo que lá se apresentou para cantar e ser o novo ídolo pop rock português. Um miúdo que, para além de ter umas orelhas enormes, não sabia falar inglês. Sim, isso mesmo: não sabia falar inglês! No entanto, achava-se capaz de impressionar meio mundo. Claro que às pessoas-ofendidas-por-tudo-e-por-nada-de-hoje-em-dia a única coisa de que falam é da satirização que o programa lhe fez, aumentando-lhe as orelhas até tamanhos Babar (ou Dumbo, se assim o preferirem). Eu vi e ri-me. Ri-me a bom rir! Se já me tinha rido quando ele diz que não sabia falar inglês, quando vi as orelhas a ocuparem o meu ecrã de 46polegadas, ainda me ri mais. Da mesma forma que me rio quando os efeitos colocados pela produção são outros, sejam vidros a rachar ou paredes a cair. Mas as pessoas-ofendidas-por-tudo-e-por-nada-de-hoje-em-dia insistem no bullying, que o programa não pode fazer aquilo, que a criança vai ficar afetada para o resto da vida, que vai sofrer os horrores e as amarguras de ter sido rejeitado num programa onde, em primeiro e único lugar, nunca devia ter ido. E, quase de certeza (mas só na base do 'suponhamos'), que quando se inscrevem, assinam lá um documento a ceder os seus direitos de imagem, sejam eles bons ou maus. Por isso, não venham agora dizer que ele é um coitadinho e que a SIC é o capeta chifrudo. Se são pais, pensem bem antes de dizerem aos vossos filhos que eles são bons em alguma coisa em que são uma merda; se são jovens a quererem participar, olhem que às vezes - quase sempre - os vossos amigos têm razão.


Aqui está a foto e podem ver o video aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Lógica feminina..

Um gajo esquece-se de baixar o tampo da sanita e rebenta o mundo. As gajas deixam a sanita cheia de cabelos e pensos desmaquilhantes a boairem na água e está tudo normal. Fuck logic!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Nas urgências do Santa Maria..

Eu tolero a espera.
Eu tolero as paredes mal caiadas e sujas.
Eu tolero as cadeiras desconfortáveis.
Eu tolero quem não sossega perto da porta e a faz estar sempre a abrir.
Eu tolero ver pessoal que chegou depois de mim ser atendido antes.
Eu tolero a campainha do chamamento tocar e não se ouvir nome de ninguém, criando-nos uma falsa esperança que a espera vai terminar.
Eu tolero muita coisa, mas não tolero que na televisão da sala de espera tenha que gramar com um programa qualquer do Nilton.

O Estranho Caso da Chave Saltitona

Capitulo XX


 
João já tinha decidido que teria de usar toda a sua lábia e charme para se safar daquela situação. Vendo bem, sempre foi assim que conseguiu ter sucesso com as mulheres, enquanto os seus amigos passavam as tardes a 'ler' as revistas da Gina. Já ele, conseguia, inclusivamente, manter namoros com duas raparigas ao mesmo tempo. Assim, quando ouviu aquela pergunta, a resposta foi automática:
 
Querida, se tu quiseres colaborar, posso-te levar a sitios onde nunca...
 
O estalo não o deixou terminar a frase. A sua expressão era um misto de espanto e excitação. Quando se refez e esboçou um sorriso, levou outro estalo. A cabeça rodou até não poder mais. Sentiu um ligeiro sabor metálico na boca. Ainda não refeito do segundo estalo e já um terceiro o estava a atingir, seguido de "João!", virando-lhe a cara para o outro lado. Durante a rotação, viu, pela primeira vez, a cara daquela mulher. Era a sua Maria. O seu cérebro começou num turbilhão, mas durou pouco tempo, pois novo estalo, seguido de "João!", fê-lo rodar novamente para a direita. Desta vez, a cara não era de Maria, mas sim de Elsinha. Novo estalo, novo "João!", nova cara, agora do seu amigo Bertolino. João não sabia o que se estava a passar. Seria efeito dos estalos, de alguma droga que lhe tinham dado. Com um novo estalo tudo começou a rodopiar. A sala onde estava contorcia-se, encolhendo a alta velocidade. Aquela mulher, aquela mulher sedutora assumia várias formas, sempre de ex-namoradas suas. A claridade que vinha da porta começou a inundar a sala até se tornar tão intensa que lhe feria os olhos. Fechou-os com todas as forças e, quando já não aguentava mais, abriu-os. A pouco e pouco toda aquela luz foi ganhando outras cores e outros contornos. Já não estava numa sala escura e amarrado. O que via era o azul do céu, o branco das nuvens e um par de ceroulas a esvoaçarem como uma bandeira ao vento.

João! João! João, pá! Ainda bem que acordaste. Estava a pensar que tinhas morrido. - Era Bertolino, que, debruçando-se sobre ele, lhe dava pequenos estalos numa tentativa de o acordar. - Aliás, nem sei como é que não morreste, ao cair em cima do carro e ainda levar com a gorda da Maria em cima!

O que é que se passou? - Perguntou João ainda meio atordoado.

Olha, caíste ali da janela, a Maria ainda vinha 'enganchada' em ti, com o barulho toda a gente veio à rua ver o que se passava, viram-vos aqui nestes propósitos, foram chamar a Elsinha e, nos 10minutos que aqui estiveste desmaiado, elas estão para ali aos estalos, armadas em Castelo Branco e Zéze Camarinha! - contou Bertolino, com um sorriso de orelha a orelha, adorando toda aquela confusão! Afinal de contas, João já lhe tinha roubado uma namorada -  a formosa Leonilde - e isto era a melhor vingança que podia desejar.

João sentou-se no tejadilho do velhinho Ford Cortina vermelho e viu uma cena completamente surreal: uma noiva e uma mulher nua - apenas com as partes tapadas por um gato (como é que o gato ali se aguentava) - a agrediam-se com fervor. À sua volta, uma multidão de pessoas, umas vestidas para um casamento, outras ainda com os pijamas de domingo, assistiam - com os telemóveis em riste, gravando a cena - ora apreensivos, ora eufóricos. Quando João, finalmente, desce do carro, vê-a. Ali, entre os pés das duas mulheres que se guerreavam por ele, sujeita a levar um pontapé e a desaparecer de novo.

Paaareeem!!!!! Já chega! - Gritou João

Todos se viraram para de onde tinha vindo aquele grito. Todos viram um homem nu, com o que parecia ser um amendoim entre as pernas. João avançou em direção a Maria e Elsinha, que tinham ficado estáticas a meio de um puxão de cabelos, enquanto a multidão o seguia com o olhar. Ao chegar perto delas, baixou-se e agarrou firmemente na Chave que teimava em lhe fugir. Depois, ergueu-a bem alto, fazendo-a brilhar pelo sol. Enquanto todos estavam neste transe, imaginando o nascimento do Simba, Elsinha desperta para a realidade e, vendo João ali tão perto, assenta um real biqueiro nos principescos tomates de João. Ao mesmo tempo que solta um uivo de dor, a Chave voa-lhe das mãos, acertando na testa de Bertolino, fazendo ricochete para o retrovisor do Cortina, voando, depois, em direção à tampa do esgoto.


(Continua)