Nunca se falou tanto da Festa Brava, como agora
principalmente devido à nova tecnologia, às páginas do Facebook, onde qualquer
um com mais ou menos conhecimento de causa pode descarregar as suas opiniões. É aqui que vamos encontrar a grande maioria dos chamados anti-touradas, e os grandes organizadores das manifestações contra as touradas.
Alguns destes possíveis anti-touradas, vão a
estas manifes por companheirismo, porque é divertido e é in. Para estes o ir à
manifestação é ir reclamar por qualquer coisa porque está na moda, na realidade
não sabem ao certo do que se trata nem do que se estão a manifestar.
Podemos apreciar em algumas páginas do Facebook,
o grau de intelectualidade de quem cria estas mesmas páginas anti touradas, e
que levam a reboque outros utilizadores que opinam, por opinar, porque é giro e
torna-se divertido e dá para passar o tempo.
No que diz respeito ao grau de intelectualidade,
nota-se que em alguns casos esse grau confunde-se com paranóia sabichona, o que
faz com o que eles escrevem, o considerem tão perfeito, e correto que não
admitem de maneira nenhuma, que as suas opiniões sejam discutidas, nem tão
pouco admitem uma conversa tipo debate.
Aos que não concordam com eles e com as
suas opiniões, e que se atrevem a discordar das suas ideias em público, os anti-touradas partem logo para a provocação, tratando-os de sádicos, carniceiros,
dementes mentais e ignorantes, demonstrando desta maneira um grau de cultura
muito baixo e medíocre, uma vez que utilizam uma gramática muito pobre, para
tentar sobrepor as suas opiniões que na maior parte das vezes são sem
fundamento, e acabam por serem opiniões frustradas.
Não se apercebem estes senhores/as, que recusar
discutir esta situação seriamente, é sinal de tacanhez e acomodamento
intelectual, quer seja da parte dos defensores das touradas, quer seja dos
opositores, a ter este comportamento.
A Festa Brava (tourada) remonta do ano de 1486, e
existe registos no livro nº1 do Tombo do Hospital das Caldas, como sendo esta a
data da 1ª Tourada organizada em Portugal. Por altura da festa da N. Sra. De
Agosto (15 de Agosto) sendo os toiros encomendados e pagos pela Rainha D.
Leonor, e na continuidade deste espectáculo, o pagamento dos Toiros passou a
ser realizado pelo Hospital das Caldas.
O ano de 1561, é o ano em que foi inaugurada a 1ª
praça de Toiros, na Freguesia de Abiul, no hoje Concelho de Pomba. Esta praça
de toiros que contou no dia da sua inauguração com os Duques de Aveiro, pela
altura dos festejos em honra da Nossa Senhora das Neves, é a Praça de Toiros
mais antiga de Portugal, ainda hoje em funcionamento.
Portanto, temos aqui 5 séculos de história da
Tauromaquia, mais precisamente 526 anos de tradição, na lide dos Toiros a
cavalo e a pé, é uma das mais antigas tradições portuguesas, que está enraizada
na maneira de ser e na maioria dos Portugueses, tirando uma pequena (mínima)
percentagem que descobriram agora uma maneira de matarem o tempo, divertindo-se
a manifestar contra a lide dos Toiros Bravos.
Se é um espetáculo violento, direi que sim e que
não, uma vez que está equilibrado a 50%. Se o Toiro é ferido pelo toureiro,
também este pode ser colhido e por vezes até morto pelo Toiro. No entanto,
desastres em espetáculos que em alguns casos se tornam em mortes, há-os em
qualquer desporto, acontece no futebol, no pugilismo, no automobilismo e em
outros mais.
Se esta minoria, que se manifesta contra a lide
de toiros levam a deles avante, por muito que se manifestem, por muito que escrevam, julgo que estes 5% da população Portuguesa,
muitos dos quais são levados ao engano, não tem força suficiente para se
comparar com os 5 séculos de tradição e história da Tauromaquia portuguesa.
Mas mesmo que conseguissem acabar com as
Touradas, o que infelizmente me parece que acabara por acontecer, qual seria o futuro dos Toiros, de certeza se acabaria por extinguir
a raça do Toiro Bravo, uma vez que ninguém acredita que haja algum ganadeiro
disposto a criar e a engodar um Toiro durante 4 ou 5 anos só pelo prazer de o
ver a pastar na Lezíria.
A não ser, que os anti Touradas, levassem alguns
Toiros para casa. Os citadinos colocavam-nos nos apartamentos, e os da
Província colocava-os no quintal, e era vê-los antes de irem para o emprego e à
noitinha a andarem a passear pelas ruas, um Toiro de 500kg de trela na mão.
Eu sou um aficionado, convito, daí eu ser a favor
da Festa Brava, mas confesso que tenho curiosidade em saber quantos é que
teriam a coragem de levar um bezerro para sua casa e criá-lo até este se
transformar num Toiro de 500 ou 600
kg, para preservar a raça, isto no caso de eles levarem
a deles avante.
A todos os aficionados, um enorme Olé!!