quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O homem que visitou o Inferno e o Céu



Hoje não me apetece fazer um post engraçado com uma história inventada por mim.
Hoje também não me apetece falar sobre um qualquer acontecimento da minha vida.
Hoje apetece-me dar um ar sério a este blog e falar sobre um assunto sério.
E não, não é sobre um qualquer assunto político ou económico ou de entretenimento. É mais uma coisa transversal a toda a sociedade e que me parece estar presente em todo o mundo. E para isso nada melhor que uma pequena história.

            Certo dia, um homem foi enviado a conhecer o Céu e o Inferno. Primeiro visitou o Inferno, e ao lá chegar ficou impressionado com as almas em redor de uma mesa repleta de comida. Tanta comida que duraria uma eternidade a ser consumida. Mas todas as almas estavam famintas, pois as colheres, que estavam atadas às suas mãos, eram demasiado longas, e era-lhes impossível levar a comida à boca. A frustração e desespero por não conseguirem comer, era a sua tortura eterna. Depois foi visitar o Céu, e ao lá chegar, deparou-se com situação idêntica. Uma mesa repleta de comida e almas com colheres igualmente longas presas às mãos. Porém, aqui, todas as almas estavam felizes e satisfeitas, pois alimentavam-se uns aos outros, estendendo as suas colheres até à boca dos outros.

            A história fala por si, e em boa verdade é isto que eu vejo na maioria das vezes, a falta de entreajuda entre as pessoas. Vejo pessoas angustiadas, mas tão centradas no seu umbigo que são incapazes de estender a sua colher para ajudar quem está igualmente angustiado. Pessoas que preferem ver a sua comida a estragar na concha da colher, a dar a alguém que precise de comer. Claro que isto é apenas uma alegoria, ninguém anda por aí com colheres compridas, mas podemos transportar isto para muitas situações do dia-a-dia. Há que haver mais espírito de ajudar o próximo, sem esperar nada em troca. Não há maior gratificação do que sabermos que fizemos alguém feliz!

Não me vou alongar muito mais sobre o assunto, senão ainda vou ouvir dizer que voltei ao meu estilo de blog e escrita anterior, onde só via maldade e escuridão no mundo, até porque felizmente também conheço muitos casos de bondade (muitas vezes extrema e/ou de onde menos se esperava), mas apeteceu-me passar esta mensagem.

Mais ajuda, mais respeito, mais altruísmo, menos egoísmo = mundo melhor!

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