quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mustache, o que andas a ler?..

Já todos devem ter percebido que se há coisa que eu gosto de fazer, é ler um livro, de preferência, um bom livro. Desta forma, tento ler o máximo deles possivel. E, normalmente, quando começo um, leio sempre até ao fim, mesmo que não me agrade muito a leitura.

Depois de ler o 1984 duas vezes seguidas porque é um livro realmente muito bom, comecei a ler um que já tinha comprado há algum tempo mas que interrompi mesmo para começar o 1984, pois era sugestão da minha estimada professora de Teorias da Comunicação. O livro que ficou em pausa foi o "O Bom Soldado Svejk" de Jaroslav Hasek. Pois que quando ia para o recomeçar, um amigo meu surgiu com um que tinha acabado de ler que me despertou imenso a curiosidade. Sendo eu um gajo que gosta de assuntos relacionados com a Sociologia, Psicologia, Filosofia e outras sofias, quando ele me aparece lá com um livro cujo o titulo é "Anti-Freud", claro que eu o tinha que ler. Assim, voltei a parar de novo as aventuras do bom soldado para perceber de que forma é que Freud foi mesmo um grandessissimo aldrabão, cheio de problemas a todos os niveis, principalmente, sexuais!

Não sou um leitor rápido, é verdade; gosto de me demorar a ler cada passagem e a interpretá-la bem, acabando por ler muitas vezes a mesma coisa; mas este livro é tão interessante, tão bem escrito e com uma escrita tão fluida, que até me apetece faltar ao trabalho para o ficar a ler em casa e acabá-lo o mais rápido possivel..
Mas tenho que me despachar. Primeiro porque quero devolver o livro rapidamente e depois porque quero acabar de ler este e ainda conseguir ler o soldado, antes de começarem de novo as aulas (que é já no dia 16 de setembro).

Ainda não cheguei a meio, mas recomendo esta leitura a quem se interessar por estes temas, da psicanálise, do freudismo, Nietzsche e outros autores do género. Deixo-vos uma foto da capa e uma passagem que achei interessantíssima e super engraçada!


"Concluirei esta análise nietzscheana de Freud com... Nietzsche, que do fundo dele mesmo fornece uma resposta à pergunta O que fazer da psicanálise? com a seguinte frase de O Anticristo. Sustentada num humor formidável, tal frase proporciona uma fórmula útil para a resolução do nosso problema: «No fundo, houve um único cristão e ele morreu na cruz»... escreve o pai de Zaratrusca... E nós poderíamos, por nosso turno, acrescentar, em feliz cumplicidade com o grande riso nietzscheano: «No fundo, houve um único freudiano e ele morreu na sua cama em Londres, a 23 de Setembro de 1939»... Nada disto teria sido verdadeiramente grave se tanto um como o outro, Jesus & Freud, não tivessem dado origem a discípulos, e em seguida a uma religião que abarcou o planeta inteiro..."

15 comentários:

  1. Anónimo10:33:00

    Eu sempre achei o Freud um taradão!! E como o que por aí não falta são taradões das mais variadas espécias, vejo-me obrigada a concordar com isso dos discípulos...

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    1. Pois, o problema não é quem começa as coisas, são os malucos que acreditam neles e criam seitas!

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  2. Este é um livro que está há muito na minha lista mas, como gosto de os comprar, e o preço deste não é muito acessível, tenho andado a adiar a leitura. Uma amiga minha, que também terminou agora o mestrado, fê-lo precisamente na área das terapias psicanalíticas. Eu confesso que sempre tentei manter uma mente relativamente aberta porque, afinal, eles hão-de ter alguma razão para levar essa teoria a sério... mas a forma como eles diagnosticam e os diagnósticos que fazem são coisa p'ra me deixar atordoada. Uma vez comentei com ela que um dos miúdos que andava a seguir costumava desenhar-se nu. Fez-lhe logo um diagnóstico de psicoticismo - a partir de um desenho que nem viu. O teste do Rorschach é outra coisa a que não consigo dar crédito, ainda que seja praticamente o único método de diagnóstico que eles utilizam - seja para avaliar a personalidade ou as funções cognitivas, que é uma coisa que me assusta. Podem dizer-me que há investigação científica feita a provar que aquilo tem validade de constructo. Eu não dou crédito a isso quando sei, pelo que ela me contava do estágio (orientado por um nome muito conhecido da área e que há-de perceber alguma coisa do assunto), que os diagnósticos eram todos feitos com o Rorschach e davam, quase invariavelmente, perturbação borderline. Enfim, a psicanálise não vai deixar de existir mas, felizmente, as consultas com eles são mais caras do que com um psicólogo cognitivo-comportamental, o que lhes tira "freguesia". Valha-nos isso.

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    1. Eu ainda não li isto tudo, mas a cena do complexo de édipo e a interpretação dos sonhos, tudo associado à sexualidade, sempre me pareceu algo muito estranho.
      Quando o terminar, virei aqui dar o meu parecer, tendo em conta que sou apenas um leigo, mas interessado, nestes assuntos.
      Numa aula de psicologia, este ano, na faculdade, a prof mostrou-nos algumas tábuas, e as respostas eram diferentes em todos nós, ninguém via o mesmo.. Mas se alguém dissesse em voz alta que parecia isto ou aquilo, os outros começavam a ver isso também..
      Sim, e felizmente há pessoas que vêm dismistificar certas teorias e pessoas.

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  3. Nem tudo o que parece é.
    "Freud foi mesmo um grandessissimo aldrabão, cheio de problemas a todos os niveis, principalmente, sexuais!" ... e então? Não percebi a afirmação, desculpa a ignorância ;)
    Não concordo. Mas acredito que seja um livro que impressione.

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    1. Sim, nem tudo o que aprece é, por isso estou a ler o livro. Gosto de pôr as coisas em causa, principalmente aquelas que não aceitam refutabilidade.
      Para Freud, tudo tinha origem no sexo, e logo desde criança, em que desenvolveu a teoria dos estágios da criança... sinceramente custa-me acreditar que uma criança com três anos tenha prazer sexual ao fazer cocó.. lool

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    2. Não é verdade. A sexualidade infantil não é, para Freud, igual à sexualidade do adulto. Quando se refere ao prazer da estimulação anal da criança, é um prazer que advém da estimulação dessa zona (o "fazer cocó") e não um prazer que advém do sexo, como no adulto.
      E também não é verdade que para Freud tudo tenha origem no "sexo". :)

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  4. Esses livros não são a minha cena. Freud já me chegou no secundário.

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    1. Faz sempre bem ler outras coisas fora da nossa área de conforto. :)

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  5. E já leste os que te recomendei?

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    1. Tenho-os aqui no pc e até comecei a ler um deles, mas foi na altura dos exames e parei. Mas não estão esquecidos! :)

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  6. Acredito que Freud fosse eu taradão, mas ainda mais acredito que o comportamento humano é afectado directa, ou indirectamente pelo sexo, aí tenho de lhe dar a mão à palmatória.

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    1. Pode ser numa fase mais avançada do nosso crescimento, mas nunca em crianças..
      Mas sim, na fase adolescente e adulto, muitos dos nossos comportamentos é mesmo só com o intuito de conseguir dar uma queca.. :)

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  7. Confesso: com a vida que ando só leio lixo. Porque não consigo concentrar-me, mas não consigo parar de ler.

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    1. Somos dois, seja o que for, esteja eu como estiver, tenho que ler sempre qualquer coisa.. :)

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