Todos
os meses, em casa dos meus pais, chega um catálogo de uma loja chamada D-Mail. A
minha mãe diz que não se inscreveu em nada nem deu dinheiro a nenhuma
instituição. Lá em casa chegou-se à conclusão que provavelmente aquilo era uma burla e
que um dia, chegar-nos-ia a casa uma conta enorme para
pagarmos aquelas pequeninas revistas. Nos primeiros dois anos nem
tirámos os plásticos aos catálogos, para um dia poder devolver ao burlão
tudo direitinho.
Acontece
que da última vez que fui a casa, há cerca de 3 semanas, a minha mãe comprou uma embalagem de donuts,
daqueles de 6, sem recheio nem chocolate à volta. Dos simples e que para
mim são os melhores. Eu queria trazer um destes donuts para o trabalho,
para comer a meio da manhã e ter forças para continuar a trabalhar até ao almoço. O problema é que não encontrava nem guardanapos, nem papel de
cozinha, nem mesmo papel higiénico onde pudesse embrulhar o fofinho
donut. Para não ir com o donut aos trambolhões dentro da mochila,
sujeito a ficar com as coisas que lá trago todas a colar e o forro cheio de nódoas,
fui à despensa buscar o tupperware da sopa.
E a um dos cantos da
despensa, ali estavam eles, os catálogos do D-Mail todos empilhadinhos, e
ainda dentro do plástico. Na altura pareceu-me boa ideia fazer uso do
plástico. E que bom plástico era aquele. Perfurado e fininho, no entanto
resistente. Perfeito para transportar o meu donut. Deixaria-o respirar
ainda que não deixasse escorrer a calda açucarada.
Livre
de plásticos, o catálogo foi folheado pela primeira vez, e quem quer
que fosse que passasse os dedos por aquelas páginas percebia que estava
perante algo extraordinariamente novo. Aquilo tinha tudo. E era tudo
útil. Havia desde tapetes persas para o rato do computador, a mini
aspiradores USB para aspirar o mesmo. Desde bengalas com lanterna, a uma
sanita portátil.
A minha mãe ficou fã, eu fiquei fã, os meus irmãos ficaram fãs, o meu pai mais ou
menos.
Agora todos os meses, quando dá, mandamos vir pelo menos um artigo. São tudo coisas que realmente faziam falta cá em casa.
A revista
O aspirador usb e o tapate persa para o rato
Penso que seja tudo uma questao de racionalizar o desporto, mas sempre dramatizando no terreno assim em escolas.
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