Avó...
Como é lá?
Quão solitário é?
Ainda é vermelho ao pôr do sol?
Os pássaros continuam cantando
no caminho para a floresta?
Pode receber a carta que não ousei enviar?
Posso transmitir... a confissão que não ousei fazer?
O tempo passará e as rosas desaparecerão?
Agora é hora de dizer adeus.
Como o vento, que permanece e depois vai,
exatamente como as sombras.
Para as promessas nunca cumpridas,
para o amor, mantido até o fim.
Para a relva beijando meus tornozelos cansados.
E para os pequenos passos que me seguem.
É hora de dizer adeus.
Agora, como a escuridão cai,
uma vela será acesa novamente?
Aqui eu rezo
para que ninguém deva chorar
e para que saiba
o quanto te amei.
A longa espera no meio de um dia quente de verão.
Um velho pensamento me lembra o seu rosto.
Mesmo a solitária flor selvagem timidamente afasta-se.
Quão profundamente amei.
Como meu coração acelerou ao ouvir sua débil canção.
Antes de cruzar o rio negro
com o último suspiro da minha alma
começo a sonhar com uma manhã de sol brilhante.
Outra vez desperto, ofuscado pela luz
e o encontro... esperando por mim.
Até um dia avó...
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