quinta-feira, 14 de maio de 2015

Já se estava à espera, Anita..

Depois de tudo o que a Anita passou na vida, só podia mesmo acabar a trabalhar no Passerelle, com o nome de Martine.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Deixem-se de merdas..

Deixem-se de merdas. Com novo Acordo Ortográfico ou sem novo acordo, vão continuar a dar erros de meter medo.

Daquilo da Lei da Cópia Privada..

Aquilo que realmente me chateia nisto da Lei da Cópia Privada e do imposto disfarçado de taxa, é o facto de que pode, realmente, algum do meu dinheiro, ir parar aos bolsos do João Pedro Pais ou do André Sardet.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

AQUI!! AQUI!! AQUI!! AQUI!!

Opá, hoje em dia, estando eu em todos os lados e a toda a hora - até quando faço amor com a minha mulher uso aquilo dos videos em direto -, só não me seguem se forem feios e maus. Sabem que isso me faz muito bem ao ego e até me ajuda a correr mais melhor rápido depressa!

Bullying é o caralho!

O que não falta por aí é gente que, desde tenra idade, tiveram uns pais a dizerem-lhes que o melhor era não fazerem isto ou aquilo. Que não valia a pena ter treinos de futebol porque era fraco das pernas, que não valia a pena ter aulas de dança porque tinha dois pés esquerdos, que não valia a pena estudar muito porque na família nunca ninguém terminou o 12º ano, que não valia a pena sonhar alto porque depois a queda é maior. E cresceram convictos que as coisas eram mesmo assim. Que uns estão talhados para o sucesso e que outros nascem, apenas, para um dia mais tarde morrerem. Com sorte, deixar alguma prole igualmente formatada para o sucesso da mediocridade. Hoje, vivem felizes da vida a toque de subsídios e clamam aos céus a sua pouca sorte e que os sortudos, aqueles que nasceram com o rabo virado para a lua, não sabem o que é sofrer.

Depois, há o inverso. Aqueles que, ainda na barriga das suas mães, já ouviam dizer que seriam o novo prodígio universal, enquanto eram embalados por Bach que saía dos headphones encostados ao umbigo. E enquanto foram crescendo, os seus queridos papás, tentando colmatar as suas falhas de adolescentes e vivendo os seus sonhos através deles, os incentivam a fazerem de tudo e ainda a ir à lua. Mais!, mais do que incentivar, aplaudem de pé todo e qualquer fracasso atingido, relembrando-lhes como eles são superdotados e que os outros é que não reconhecem o seu talento inato: serás um excelente pintor (mesmo que diga que juntar verde com amarelo dá castanho), serás um belíssimo escritor (mesmo que tenha 15 anos e esteja a terminar a 4ª classe), serás um cantor aclamado pelo mundo inteiro (mesmo que a criança tenha nascido muda). E crescem nesta ilusão que são mesmo bons, que todos os adoram, quando a realidade não podia ser mais oposta.

Por isso, é normal ver, nesses programas de procura de talentos, rapazes e raparigas a fazerem figuras, no mínimo, tristes. Não vale a pena estar com 'meias palavras' ou 'paninhos quentes', as figuras são mesmo ridículas e deploráveis. Em programas onde o talento que se procura é a voz, ou a capacidade para cantar, isto é ainda mais visível... e audível. Programas como o "Ídolos" tem a capacidade de mostrar todos aqueles meninos e meninas que cresceram com os paizinhos e mãezinhas a dizerem que "sim senhor, pareces um rouxinol!". E à primeira oportunidade, lá vão eles inscreverem-se porque "Tenho tudo para ser um ídolo.". É mentira, não tens. Não tens nem nunca tiveste. Sempre que a tua mãe te disse o contrário, foi o mesmo que te empurrar em direção ao precipício, que agora cais para que todo Portugal veja... e se ria enquanto cais desamparado.

Assim, da mesma forma que não têm o descernimento para perceber que não cantam um chavo, também não o têm para se lembrarem do que fizeram em edições anteriores a outros concorrentes como eles. Os outros da seção "os cromos". E se se riram das figuras dos outros, já não se conseguem rir das deles.

Isto tudo para falar da nova polémica que anda por aí. Que "ai meu deus" a SIC fez "bullying" a um miúdo que lá se apresentou para cantar e ser o novo ídolo pop rock português. Um miúdo que, para além de ter umas orelhas enormes, não sabia falar inglês. Sim, isso mesmo: não sabia falar inglês! No entanto, achava-se capaz de impressionar meio mundo. Claro que às pessoas-ofendidas-por-tudo-e-por-nada-de-hoje-em-dia a única coisa de que falam é da satirização que o programa lhe fez, aumentando-lhe as orelhas até tamanhos Babar (ou Dumbo, se assim o preferirem). Eu vi e ri-me. Ri-me a bom rir! Se já me tinha rido quando ele diz que não sabia falar inglês, quando vi as orelhas a ocuparem o meu ecrã de 46polegadas, ainda me ri mais. Da mesma forma que me rio quando os efeitos colocados pela produção são outros, sejam vidros a rachar ou paredes a cair. Mas as pessoas-ofendidas-por-tudo-e-por-nada-de-hoje-em-dia insistem no bullying, que o programa não pode fazer aquilo, que a criança vai ficar afetada para o resto da vida, que vai sofrer os horrores e as amarguras de ter sido rejeitado num programa onde, em primeiro e único lugar, nunca devia ter ido. E, quase de certeza (mas só na base do 'suponhamos'), que quando se inscrevem, assinam lá um documento a ceder os seus direitos de imagem, sejam eles bons ou maus. Por isso, não venham agora dizer que ele é um coitadinho e que a SIC é o capeta chifrudo. Se são pais, pensem bem antes de dizerem aos vossos filhos que eles são bons em alguma coisa em que são uma merda; se são jovens a quererem participar, olhem que às vezes - quase sempre - os vossos amigos têm razão.


Aqui está a foto e podem ver o video aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Lógica feminina..

Um gajo esquece-se de baixar o tampo da sanita e rebenta o mundo. As gajas deixam a sanita cheia de cabelos e pensos desmaquilhantes a boairem na água e está tudo normal. Fuck logic!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Nas urgências do Santa Maria..

Eu tolero a espera.
Eu tolero as paredes mal caiadas e sujas.
Eu tolero as cadeiras desconfortáveis.
Eu tolero quem não sossega perto da porta e a faz estar sempre a abrir.
Eu tolero ver pessoal que chegou depois de mim ser atendido antes.
Eu tolero a campainha do chamamento tocar e não se ouvir nome de ninguém, criando-nos uma falsa esperança que a espera vai terminar.
Eu tolero muita coisa, mas não tolero que na televisão da sala de espera tenha que gramar com um programa qualquer do Nilton.

O Estranho Caso da Chave Saltitona

Capitulo XX


 
João já tinha decidido que teria de usar toda a sua lábia e charme para se safar daquela situação. Vendo bem, sempre foi assim que conseguiu ter sucesso com as mulheres, enquanto os seus amigos passavam as tardes a 'ler' as revistas da Gina. Já ele, conseguia, inclusivamente, manter namoros com duas raparigas ao mesmo tempo. Assim, quando ouviu aquela pergunta, a resposta foi automática:
 
Querida, se tu quiseres colaborar, posso-te levar a sitios onde nunca...
 
O estalo não o deixou terminar a frase. A sua expressão era um misto de espanto e excitação. Quando se refez e esboçou um sorriso, levou outro estalo. A cabeça rodou até não poder mais. Sentiu um ligeiro sabor metálico na boca. Ainda não refeito do segundo estalo e já um terceiro o estava a atingir, seguido de "João!", virando-lhe a cara para o outro lado. Durante a rotação, viu, pela primeira vez, a cara daquela mulher. Era a sua Maria. O seu cérebro começou num turbilhão, mas durou pouco tempo, pois novo estalo, seguido de "João!", fê-lo rodar novamente para a direita. Desta vez, a cara não era de Maria, mas sim de Elsinha. Novo estalo, novo "João!", nova cara, agora do seu amigo Bertolino. João não sabia o que se estava a passar. Seria efeito dos estalos, de alguma droga que lhe tinham dado. Com um novo estalo tudo começou a rodopiar. A sala onde estava contorcia-se, encolhendo a alta velocidade. Aquela mulher, aquela mulher sedutora assumia várias formas, sempre de ex-namoradas suas. A claridade que vinha da porta começou a inundar a sala até se tornar tão intensa que lhe feria os olhos. Fechou-os com todas as forças e, quando já não aguentava mais, abriu-os. A pouco e pouco toda aquela luz foi ganhando outras cores e outros contornos. Já não estava numa sala escura e amarrado. O que via era o azul do céu, o branco das nuvens e um par de ceroulas a esvoaçarem como uma bandeira ao vento.

João! João! João, pá! Ainda bem que acordaste. Estava a pensar que tinhas morrido. - Era Bertolino, que, debruçando-se sobre ele, lhe dava pequenos estalos numa tentativa de o acordar. - Aliás, nem sei como é que não morreste, ao cair em cima do carro e ainda levar com a gorda da Maria em cima!

O que é que se passou? - Perguntou João ainda meio atordoado.

Olha, caíste ali da janela, a Maria ainda vinha 'enganchada' em ti, com o barulho toda a gente veio à rua ver o que se passava, viram-vos aqui nestes propósitos, foram chamar a Elsinha e, nos 10minutos que aqui estiveste desmaiado, elas estão para ali aos estalos, armadas em Castelo Branco e Zéze Camarinha! - contou Bertolino, com um sorriso de orelha a orelha, adorando toda aquela confusão! Afinal de contas, João já lhe tinha roubado uma namorada -  a formosa Leonilde - e isto era a melhor vingança que podia desejar.

João sentou-se no tejadilho do velhinho Ford Cortina vermelho e viu uma cena completamente surreal: uma noiva e uma mulher nua - apenas com as partes tapadas por um gato (como é que o gato ali se aguentava) - a agrediam-se com fervor. À sua volta, uma multidão de pessoas, umas vestidas para um casamento, outras ainda com os pijamas de domingo, assistiam - com os telemóveis em riste, gravando a cena - ora apreensivos, ora eufóricos. Quando João, finalmente, desce do carro, vê-a. Ali, entre os pés das duas mulheres que se guerreavam por ele, sujeita a levar um pontapé e a desaparecer de novo.

Paaareeem!!!!! Já chega! - Gritou João

Todos se viraram para de onde tinha vindo aquele grito. Todos viram um homem nu, com o que parecia ser um amendoim entre as pernas. João avançou em direção a Maria e Elsinha, que tinham ficado estáticas a meio de um puxão de cabelos, enquanto a multidão o seguia com o olhar. Ao chegar perto delas, baixou-se e agarrou firmemente na Chave que teimava em lhe fugir. Depois, ergueu-a bem alto, fazendo-a brilhar pelo sol. Enquanto todos estavam neste transe, imaginando o nascimento do Simba, Elsinha desperta para a realidade e, vendo João ali tão perto, assenta um real biqueiro nos principescos tomates de João. Ao mesmo tempo que solta um uivo de dor, a Chave voa-lhe das mãos, acertando na testa de Bertolino, fazendo ricochete para o retrovisor do Cortina, voando, depois, em direção à tampa do esgoto.


(Continua)