domingo, 30 de junho de 2013

sábado, 29 de junho de 2013

É uma questão de técnica..

Vou aproveitar que é sábado, que já estou acordado há mais de 1 hora, que já tentei cagar e não fui capaz, que tenho a cabeça maior do que a dos benfiquistas quando este ano ganharam tudo (ok, não está assim tão grande e os benfiquistas não ganharam nada), que estou de ressaca, que o gajo que me vinha buscar a casa para irmos para peniche me enviou uma mensagem a dizer que "por motivos de sono" só aqui vem 1hora depois do combinado, que estou a encher o bandulho de chocapicos, para tentar escrever sobre um assunto que a mulher da minha vida me pediu há uns tempos.

E agora estão vocês todas a pensar "esquisito, não me lembro de lhe ter pedido alguma coisa.. Será que não sou a mulher da vida dele?". Pois que a mulher da minha vida anda por aqui por este blogue, é verdade! Pode não ser comentadora ou seguidora, mas pode estar presente numa das fotos que já por aqui deixei..

Anyway, moving on!

Já todos sabem o que sinto pelos hipermercados! A minha aversão, ódio, o meu sentimento de rebentar com aquilo tudo e de achar que aquilo não é local onde homem que é homem se possa sentir à vontade, por muitos e concretos motivos. Mas a mulher da minha vida disse-me para tomar atenção a um fenómeno, e eu, bom pesquisador que sou, investiguei a coisa. E de facto, os homens podem não se sentir à vontade a escolher papel higiénico, a escolher o seu próprio shampô, ou a ficarem completamente estúpidos a olharem para os tampões e pensos higiénicos, mas é vê-los a chegarem a uma secção e observar a sua imediata transformação: a secção da fruta!

Aqui, os homens deixam de ser uns analfabetos das compras e passam a ser uns mestres da escolha da melhor peça de fruta, cheios de técnicas ancestrais e algumas de tecnologia ao nivel da NASA.
É vê-los a olharem para a fruta de vários ângulos, a cheirá-la, quase a serem unos com ela e, atentem, a repreenderem a mulher que não é cá preciso tocar na fruta para a escolher! E agora com a chegada do verão, chega também a fruta onde os homens são verdadeiros doutores: o melão e a melância! Ele é apalpamento do cú para saber se o melão está verde ou maduro, batidas com os nós dos dedos para saberem se as melâncias são carnudas ou ocas, pesagens com as mãos para saberem se  a melância tem muita água, contar os rasgos nos melões de casca verde para saberem a sua qualidade.

Este é um mundo só dos homens e que as mulheres dificilmente compreenderão. É algo natural em nós e que nada nem ninguém nos conseguirá demover a proceder de outra forma. As mulheres podem ficar com o ter bebés, o amamentá-los, escolherem a casa, o sitio onde viver, onde ir de viagem, o que é preciso comprar a casa, mas escolher a fruta, não! Isso não! Isso é tarefa do homem e que ele não terá problemas em desempenhar! Há toda uma quantidade de técnicas utilizadas pelos homens nestes momentos, as quais eu prometo uma abordagem mais detalhada numa próxima oportunidade.

Agora vou continuar à seca enquanto espero pelo outro para irmos para Peniche fazer uma praínha, correr na corrida das Fogueiras, comer sardinhada (que eu não gosto por isso espero que haja carninha da boa), ir às Berlengas e depois voltar para lisboa a tempo de eu ainda conseguir ver o meu amigo White Castle no Splash!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Namorada precisa-se..

É verdade... O Mustache anda mesmo à procura do amor!
Sinto-me sozinho, sem ninguém com quem dividir as minhas alegrias, e a cama vazia todas as noites começa a entristecer-me a serio.
Com a chegada do calor e do bom tempo, sabe bem ir até à praia e bem que gostava de ter alguém para me passar o creme protetor fator 75 pelas costas, peito, braços e pelas três pernas..
Quero alguém para me espremer as borbulhas que me crescem, a ritmo acelerado, nas boxexas do rabo.
Quero alguém que me passe a gillete para me tirar os tufos de pelos que tenho nas costas.
Quero alguém com paciência suficiente para me cortar as unhas dos pés com uma tesoura, porque um corta-unhas convencional já não serve.
Quero alguém que aguente uma noite de intensas flatulências.
Quero alguém que acredite que 3minutos pode ser considerado sexo tântrico.
Quero alguém que ache que ver um filme no computador e comer Chocapics em vez de pipocas, pode ser uma noite romântica.
Quero alguém que goste de passar a ferro e que não se importe de fazer disso um programa de sexta à noite.
Enfim, quero, acima de tudo, alguém que me ame!

E visto que isto e mais isto, não deu resultado absolutamente nenhum, onde o único mail que recebi foi um da minha mãe a dizer para eu parar de ser parvo (nem sabia que a minha mãe sabia enviar mails), decidi fazer um novo questionário para que vocês meninas (e meninos, mas só se forem muito giros e ricos) preencherem e enviarem para o meu mail.

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NOVO QUESTIONÁRIO PARA SERES NAMORADA DO MUSTACHE

És gaja?
Sim [  ]
Não [  ]

Tens um par de tetos?
Sim [  ]
Não [  ]

Tens mais de 18 anos?
Sim [  ]
Não [  ]
Sim, quer dizer, faço tipo daqui por um mês [  ]

Tens menos de 104 anos?
Sim [  ]
Não [  ]
Sim, mas ainda nunca parti a bacia e mexo-me como se tivesse 92 [  ]

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Se respondeste que "Sim" a todas as perguntas, não percas mais tempo e envia já o questionário, uma foto de cara, uma foto de corpo inteiro em bikini, uma foto das tuas unhas dos pés, bem como a tua disponibilidade para nos encontrarmos e irmos beber um café um dia destes* para o mail: nowmustache@gmail.com

Vou ficar a aguardar as vossas respostas!
Uma beijoca cheia de amor e carinho e coisas mimosas para todas as babes lindas que aqui andam (sim, todas vocês!)






*dia sujeito à minha disponibilidade para encontros, tendo em conta que ainda estou em época de exames e porque pode coincidir com o dia de outra babe qualquer. dia que também pode nunca acontecer se eu não gostar do que vi na foto das unhas dos pés

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Lamechas é o carai..

"aah e tal, este blog tá a ficar muito lamechas.."
"aah e tal, deve ser a tua irmã que aqui vem escrever.."
"aah e tal, este blog ainda deve ter tomates.."
aah e tal, aah e tal o carai!!

Vocês gajas, que todos os meses estão uma semana, ou mais, que ninguém as pode aturar, ou estão tão sensiveis que só de verem um mosquito a esborrachar-se no vidro do carro, choram, fazem uma cena e deixam de falar ao namorado 2 dias, porque ele devia ter atenção à estrada e ter-se desviado do pobre animal, eu, Mustache, macho viríl, também tenho o direito a, de quando em vez, também ter os meus momentos-gaja e falar sobre essas merdas do amor e do coração e das almas e essas coisas fofinhas e mimosas.

E mais! Vocês gajas, que estão sempre a dizer que querem um homem delicado, que saiba dar atenção às mulheres, que esteja atento aos assuntos ditos fofinhos e do coração, se um gajo fizer dois ou três post mais a apelar a um lado mais romântico, um lado mais sensivel, começam logo a mandar vir que está a ficar uma cena lamechas, de gaja, e sem tomates.

Só posso concluir uma coisa: vocês gajas, dizem uma coisa, mas a verdade é que depois só querem ler e falar sobre sexo! E quanto mais escandaloso, melhor! Vocês querem saber de tudo, menos de um gajo sensivel e delicado! Vocês querem mesmo é um bad boy que vos trate mal, que vos faça andar na linha, que vos faça chorar, sofrer, mas que "ai meu deus, ele é tão giro e bom e tão rebelde que até esqueço o resto.".

E afinal até posso é concluir duas coisas: vocês nunca estão bem com aquilo que têm, nunca concordam com aquilo que um gajo faz, e aproveitam todos os momentos para criticar! Ou porque está a ser muito lamechas, ou porque está a ser muito ordinário, ou porque isto ou porque aquilo. Vocês gajas, são o ser mais dificil de se agradar!!

E talvez seja por isso que eu vos amo tanto, a todas sem exceção!


PS (para os homens): nunca confiem num ser que sangra durante uma semana, todos os meses, e não morre!!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Almas..

Bem piquenas e piquenos, estão benzinhas/os?
E este calor? Vai lá, vai! Eu cá já estou a ansiar para que chegue de novo o inverno!
Odeio tempo quente, ainda para mais calor deste sem ventinho agradável, que me faz suar que nem um porco com o cio. Gosto mais do final do inverno, inicio do outono (não necessariamente por esta ordem).
Ora como podem ver, não tenho assunto nenhum, e como bom português que sou, falo do tempo!
Mas afinal até tenho um assunto para falar. Tenho visto por aí nos blogues da malta que persigo, muitas histórias de amores, amores eternos, paixões arrebatadores, fracassos amorosos, almas gémeas e o diabo a sete, e como aqui o Mustache, está com o tempo muito reduzido por causa de estudar para os exames, decidi fazer aqui um repost de um post meu do meu antigo blog, acerca deste mesmo assunto: as almas gémeas.
Isto foi escrito em 2010, e é provável que tenha erros, mas também não me dei ao trabalho de o corrigir (nem sequer reler, porque o sei quase de cor), e digo-vos já que a minha opinião ainda se mantém igual!
Espero que gostem! (Sim, já dantes eu escrevia muito!)


"Almas Gémeas

A busca destas, será talvez, o Santo Graal dos tempos modernos. A incessante e muitas vezes inglória tentativa de nos vermos lado a lado com alguém que nos compreende, alguém que nos apoia incondicionalmente, alguém com quem vamos passar toda a nossa curta existência num amor sem fim…

Mas será que existem realmente “almas gémeas”, e a existirem, será realmente esta a pessoa indicada para nós?

É certo que existem… Existem até a um qualquer fatídico acontecimento em que tudo o que sonhamos rui como um debilitado castelo de cartas, construído no quintal em dia de vento; existem durante a paixão do inicio de qualquer relação; existem quando na mais triste ocasião da nossa vida essa pessoa está lá a dar o ombro, e o outro, e todo o seu ser para nos apoiar; existem quando vivenciamos o dia mais maravilhoso da nossa vida e essa pessoa está de mãos dadas connosco…

Mas não serão estas “almas gémeas” uma ilusão, algo criado por nós para nos fazer acreditar que iremos viver felizes para sempre e que nunca estaremos sozinhos?!

Senão reparemos… Acreditamos piamente que uma pessoa é a nossa “alma gémea” porque essa pessoa nos diz que nos ama, porque nos apoia sempre, porque até casámos e tivemos uns filhos lindos, porque me leva a passear para onde mais gostaríamos de ir… e toda esta construção do castelo, nos faz acreditar que tem cada vez mais bases sólidas e um futuro… Mas, é então que vem o vento, e num momento de fraqueza, encontramos a nossa “alma gémea” com outra pessoa, e tudo se desmorona… e aí as “almas gémeas” deixam de existir. Deixamos de acreditar que podemos ser felizes e que não estaremos sozinhos quando dermos o ultimo suspiro… e tudo o que tínhamos como certo passa a dúvida… e nesta altura só temos duas opções, ou nos deixamos ficar nesta apatia ou partimos de novo na tal incessante busca pela nossa “alma gémea”…

Então outra pergunta se impõe, teremos só uma “alma gémea” ou teremos mais do que uma? Talvez nenhuma, e é nisto que acredito… Porque uma “alma gémea” supostamente é algo único, e que só se encontra uma vez na vida, e não algo que vamos tendo e trocando.

É certo que vemos muitos casais que estão juntos durante anos, viveram sempre juntos e irão morrer juntos, mas isto não quer dizer que fosse a pessoa certa para termos passado a nossa vida… se tivermos que abdicar de sonhos, de objectivos, de fantasias, ou se por uma imposição inconsciente “obrigamos” a outra pessoa a ser ela a abdicar, é certo que não foi uma vida vivida na sua plenitude. E tantas outras vezes o que nos mantém ao lado de uma pessoa não é um amor, mas um medo e uma incerteza de não conseguirmos encontrar outro alguém que queira estar connosco. Porque é tão mais fácil ficarmos no nosso porto seguro, do que subir para um barco e entrar mar dentro, com todas as adversidades que este nos impõe, à procura de novo porto seguro, correndo ainda o risco de não o avistarmos.

Mas indo mais fundo na expressão “almas gémeas”, esta palavra ‘gémeas’ remete-nos para alguém em tudo similar a nós, alguém com os mesmos gostos, com as mesmas ideias, as mesmas atitudes, com a mesma filosofia de vida?! Se assim for, ainda menos acredito que esta seja a pessoa indicada para nós… De que nos vale gostarmos de preto e branco e termos ao nosso lado alguém que também goste das mesmas cores, quanto muito conseguiríamos ter dias cinzentos, um pouco diferentes do habitual…. De que nos vale gostarmos de arroz e feijão e termos ao nosso lado alguém que goste do mesmo, iríamos comer sempre do mesmo, variando raramente o paladar… de que nos vale sermos uma pessoa séria e termos ao nosso lado alguém igualmente sério, quanto muito teríamos eternas conversas sem o mínimo de alegria... ou sermos muito divertidos e termos alguém ao nosso lado igualmente divertido, e basicamente passar a vida numa eterna palhaçada sem nos ralarmos muito com todas as coisas sérias da vida…

Não faz muito sentido, nem gosto sequer de pensar nesta visão tão limitadora e agonizante de uma vida a dois… prefiro antes o termo “cara metade”, que nos leva a outra visão mais animadora da vida.

“Cara metade” já não é aquela pessoa que é nossa gémea, mas sim, aquela pessoa que nos vai completar em tantos aspectos da nossa vida… alguém que gosta de vermelho e verde e azul, e com isso podemos passear em prados repletos de cores, navegar por entre os oceanos mais límpidos e observar os corais mais coloridos, voar pelos céus às costas dos pássaros que pincelam as nuvens de cores.. alguém que goste de batatas, cenoura, milho, e podermos ter todos os dias uma refeição diferente, apreciar cada sabor novo que só uma mesa repleta de iguarias nos pode proporcionar… alguém que seja sério quando nós somos divertidos e vice-versa, para desta forma conseguirmos conciliar a dureza que é a vida, com a diversão com que a tentamos viver…

Por tudo isto, talvez fosse melhor sairmos da ilusão da “alma gémea” que nos limita os passos, que nos impele num único sentido de busca, e abraçarmos outras perspectivas.

Acredito que seremos mais felizes com uma “alma complementar” (ou cara metade) de que com uma “alma gémea”, é nesta certeza que continuo esta minha demanda em busca do meu Santo Graal."

By: Eu (29 de julho 2010)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Momentos tristes..

1- Dormes a manhã toda de domingo, não aproveitando nem para correr nem para estudar.
2- Almoças e decides que deves ver tv em vez de estudares.
3- Lanche. Está lá a familia toda porque a tua mana faz anos e há caracóis, torradas, entremeadas, secretos, entrecosto e outras carnes de porco preto.
4- Como não bebes cerveja, bebes vinho verde. És o único a fazê-lo, e por isso, despachas uma garrafa sozinho.
5- Enches o bandulho de todos os tipos de comida e depois de doces.
6- Estás cheio que nem um porco, e deitaste no sofá para descansar um pouco.
7- Acordas à 1h da manhã. Perdes a noite de estudo.
8- Acordas inspirado para escrever uma cena altamente no blog.
9- Tens a triste ideia de escrever tudo no blogger em vez de no Word.
10- Ao fim de mais de uma hora, de teres já escrito uma coisa linda, o blogger tem um ataque de estupidez, e apaga tudo o que já tinhas feito.
11- Ao inicio enervas-te, gritas, tentas a todo o custo tentar voltar atrás na esperança que consigas recuperar o teu trabalho.
12- Choras. Choras compulsivamente por teres perdido algo que estava realmente belo.
13- Vais para a cama sem estudares.. e a chorar.
14- Dormes a manhã de segunda.
15- Vens para a faculdade estudar e em vez disso, escreves no blog sobre o não teres estudado.
16- Finalmente começas a preocupar-te que só já tens 4h para aprenderes a matéria de um semestre.
17- Acabas o post e agarras-te ao estudo.
18- Sabes que o ponto 17 é mentira!

domingo, 23 de junho de 2013

Acidentes de popó..

Eu sou um gajo que gosta de conduzir. Gosto de andar pelas estradas nacionais, pelas autoestradas, a velocidades lentas e a velocidades menos lentas. Gosto tanto de conduzir que nem me importava de ter uma profissão em que tivesse que percorrer as estradas do país todos os dias.
Curiosamente, odeio todas as pessoas que andam na estrada. Acho que são todos uns nabos, que não sabem conduzir e que apenas têm carta de condução porque esta lhes saiu numa embalagem de Cerelac.

No final do ano passado, lá para vintes e tais de dezembro, tive um pequeno acidente de carro. E eu por mim, tinha seguido caminho, se não o fiz, foi porque o carro não estava em condições de andar.



Ora, isto foi chato, não só para mim, mas para as pessoas que por ali tinham que passar e tiveram que ficar paradas por causa da minha azelhice. Pessoas que iam para os seus trabalhos, ou que iam para casa depois do trabalho, ou que iam ter com a pessoa amada ou apenas com alguém para dar um pirafe. Eu sei que estas situações são chatas, mas como já disse, por mim, tinha seguido viagem e não tinha prejudicado ninguém.

Mas depois, nas minhas várias viagens que faço por Lisboa, vejo-me muitas vezes em filas intermináveis, a toda a hora e em todo o lado. E eu, muitas das vezes penso que "Epá, isto deve estar ali um acidente gravissimo!", mas quando chego perto do "acidente", 90% das vezes, é alguém que deu um pequeno encosto noutro carro, tão pequeno e tão ligeiro, que é ver a malta de lupas à procura de um risquinho para poderem acionar os seguros. E são estas pessoas que me criam alguns instintos assassinos! Atrapalham a vida de todos, por uma coisa sem qualquer tipo de importância, e que se resolvia em 5mins com um pedido de desculpa e um "deixe lá que não se nota nada...".

Será isto resultado da crise económica ou será resultado da crise existêncial e de necessidade de atenção constante por parte das pessoas?

(PS: queria acabar este post de forma engraçada, mas os estudos estão-me a levar essa capacidade a pouco e pouco..)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A pornografia é sempre obscena ou pode ser arte?


"A sociedade ocidental tem, nas últimas décadas, assistido à entrada da pornografia - ou de alguns tipos de manifestações antes consideradas indecentes - nas várias áreas da cultura, muito ajudada pela Internet. De tal forma que existem já estudos científicos sobre o fenómeno.

Desde a 'moda' que foi o filme pornográfico Garganta Funda, com Linda Lovelace, nos anos 70 aos recentes vídeos de Rihanna - alguns mesmo realizados por cineastas com filmes para adultos no curriculo -, o sexo explícito tem vindo a sair da clandestinidade para onde foi atirado por questões de moral.
As ciências sociais estudam o assunto e aos sociólogos, antropólogos e sexólogos vêm agora juntar-se novos 'pornólogos', especialistas no estudo do fenómeno da pornografia na sociedade.

Este o tema que esta semana fez capa do suplemento cultural Quociente de Inteligência do DN. Um assunto que gera polémica por vários motivos, entre eles o facto de não ser unânime a opinião dos especialistas sobre a forma como a exposição a material dito pornográfico influencia os comportamentos dos indivíduos, tanto de adultos como de menores.

Ao leitor, lançamos o debate: Pode a pornografia ser arte? Ou é algo obsceno que, a existir, deve regressar à clandestinidade?"

in: DN ARTES, Quociente de Inteligência, 20-06-2013


E que me dizem de sermos nós, aqui neste meu muito humilde espaço, a debater este assunto, que certamente agrada a todos!
E posso começar eu!

A pornografia é já uma coisa banal e só não acede a ela quem não quer. Existem milhares de sites e canais de tv com esse mesmo propósito. Sexo é sexo, e já não é o assunto tabú que era antes. Se um filme pornográfico pode ser considerado arte? No meu entender não. Agora uma escultura, uma pintura ou uma fotografia de um ato pornográfico, aí acredito que possa ser arte. Já em relação aos videos dos idolos musicais, que usam e abusam de cenas quase pornográficas, nus, e cenas de sexo quase explicito, na minha opinião é preciso terem muito cuidado com isso, afinal, muitas crianças e adolescentes são ávidos consumidores dos seus videoclips, e se o sexo é uma coisa banal para um adulto, não o deve ser para alguém com 12 ou 14 anos. Com o poder de influência que têm sobre as camadas mais jovens da sociedade, terão que ter cuidados extra nas mensagens que passam.
Agora, apesar de tudo, não deve ser algo que deve voltar à clandestinidade, mas sim algo que deve ser tratado com a atenção devida.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Moenga..

Pessoal que por aqui anda.
Chegou a época critica das frequências finais, e como tal, e para manter a minha super média de 16, preciso de máxima concentração. Daí estar mais ausente, e ir ainda ficar mais.
Virei aqui de quando em vez, quando tiver tempo, se alguma ideia genial surgir para partilhar com vocês.

De qualquer forma, e depois de muita gente andar por aí a mostrar o enorme amor que sente por animais e a mostrar fotos dos seus cães, cadelas, gatos, gatas, piriquitos, hipopotamos, girafas, baleias e formigas, vou entrar na onda e mostrar também a minha já muito famosa Moenga, que está comigo desde dezembro de 2008.

Ora para quem está a franzir o nariz acerca do nome do animal, eu explico: Moenga, no meu alentejo, é aquela pessoa muito, muito, muito chata, que está sempre de roda de uma pessoa, e por muitas negas que leve, não descola de perto e continua a chatear. E esta bicha é isso mesmo, uma moenga de primeira!

Agora, sem mais demoras, ei-la, em muitas fotos para vocês se deliciarem!

 
   
 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A ingratidão..

Finalmente pico o ponto.
São 23:37 e todo o meu corpo e mente pedem apenas uma coisa: descanso.
Bem, talvez peça ainda outra coisa.. Vê-la. Estar com ela.
Não vejo a hora de chegar a casa e poder usufruir da sua companhia. Se há coisa neste mundo que me alegra, que me dá forças, que me faz acreditar num futuro melhor, é a sua companhia. É o seu sorriso. Os seus enormes olhos castanhos. Todos os dias anseio pela hora em que posso deleitar-me com a visão dela sentada no sofá a olhar para a tv, ou com um livro ao colo. Adoro. Adoro estar ali, às vezes, quase como que um intruso no seu mundo.
Faço-me à estrada. A viagem não é longa, uns 20mins, se não encontrar muito trânsito. Não o espero encontrar, e com sorte, ainda a apanho acordada. Não é pessoa de se deitar tarde, pois o trabalho exige-lhe esse rigor, mais ainda, na hora de acordar.
Definitivamente, hoje não é o meu dia de sorte. Depois de um dia extenuante de trabalho, um acidente bloqueia toda a estrada, impedindo toda e qualquer passagem. A policia, ambulâncias, bombeiros, já todos se encontram a resolver o assunto. Pego no telemóvel para ver as horas, para saber se ainda chego a tempo de a ver acordada, mesmo no preciso momento em que dá os últimos bips e fica sem bateria.
Passam-se mais 40minutos até se abrir uma passagem para os carros avançarem.
Sigo direto para casa, é tarde, mas com sorte, muita sorte, ela ainda estará a ler aquele policial novo que comprou naquela tarde de passeio. Ao estacionar, apercebo-me que as luzes já estão apagadas. Já não cheguei a tempo.
Entro em casa sem fazer barulho, percorro a casa que tão bem conheço e espreito para o quarto. Lá está ela, deitada naquela enorme cama de casal, deitada no lado esquerdo, como que a sentir, ali, a falta de um corpo. Os seus longos cabelos cobrem-lhe a face. A sua boca está entreaberta e a sua respiração é cadenciada e quase inaudivel. Fico a observa-la durante mais de uma hora. Nada me dá mais prazer do que a observar, a sua beleza exótica, a sua pele morena, os tiques que a sua boca faz enquanto dorme.
Decido ir dormir para o sofá, não a quero acordar, não lhe quero quebrar o sono nem o sonho.

Acordo. São agora 6h30m, daqui por 30minutos ela vai acordar, tomar o seu duche, tomar o pequeno almoço e sair para o trabalho. Hoje vou-lhe dar um pequeno mimo pela manhã, para o dia lhe começar da melhor forma possivel. Vou-lhe preparar o pequeno almoço. Sei o que gosta: uma torrada só com manteiga de um lado, outra torrada com doce de amora, e sumo de laranja natural, feito com as laranjas biológicas que compra na loja ao fundo da rua. Depois de tudo preparado, faltam 5minutos para ela despertar. Arrumo tudo num tabuleiro e entro no quarto, sentando-me numa cadeira, com o tabuleiro ao colo, esperando que este meu gesto lhe coloque um sorriso enorme na cara. O quarto está numa semi-escuridão quase romântica, ideal ao momento. O despertador toca, ela desliga-o com uma palmada certeira, espreguiça-se ainda na cama de olhos fechados, e quando finalmente os obre e me vê ali, grita:

Quem és tu, e como é que entraste em minha casa?!

Depois de uma reação destas, só posso concluir que as mulheres são mesmo umas ingratas! 

domingo, 16 de junho de 2013

Momentos perfeitos..

Há tardes que se transformam em noites..
Há noites que se transformam em madrugadas..
Há madrugadas que se transformam em manhãs..
Há dias que se transformam em momentos inesqueciveis..

Há momentos inesqueciveis que começam num erro..
Há erros que se tornam oportunidades..
Oportunidades para nos rirmos..
Oportunidades para falarmos..
Oportunidades para estarmos juntos..
Oportunidades para esquecer tudo à nossa volta..

Não esquecer tudo à nossa volta, mas escolher ao que dar atenção..
Às folhas que caem sobre as nossas cabeças..
Aos pássaros a pipilar na borda do bebedouro..
Às crianças que correm, gritam e brincam na rua..
Ao vento que agita os nossos cabelos..
Às covinhas que aparecem no teu rosto quando sorris..
Aos sorrisos que ficam no rosto nos momentos de silêncio..

Há momentos em que somos genuínamente felizes..
Há momentos em que sabemos que a perfeição existe..
Há momentos em que sabemos que a perfeição pode ser simples..
Há momentos em que queremos para sempre aquela simplicidade..
Há momentos que recordaremos para sempre..

Há um pôr do sol que nos fascina..
Há uma janela com as cortinas abertas..
Há uma cama que nos acolhe..
Há lençois que nos envolvem..
Há uma Lua que nos ilumina..
Há estrelas que se contam..
Há de novo um sol que nasce convidando ao despertar..

Há momentos em que despertamos para a vida..
Há momentos em que a vida é boa..
Tão boa que nos sentimos completos..
Tão completos que sentimos que poderia acabar o mundo..
Poderia acabar, que saberiamos que já tudo tinha valido a pena..

Valeu a pena sentir-te..
Sentir as tuas mãos a tocarem as minhas..
Sentir os teus olhos a observarem os meus..
Sentir os teus lábios a beijarem os meus..
Sentir o teu corpo a abraçar o meu..
Sentir a tua alma a dançar com a minha..
Enfim.. Sentir-te minha.. Sentir-me teu..

A vida pode ser realmente bela..
A beleza pode estar em pequenos momentos..
Cabe-nos a nós fazer deles..

Momentos perfeitos.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Resumo fotográfico de um feriado à maneira!

Olá minhas meninas e meus meninos! Está tudo bem? Com muitas saudades do Mustache?
Eu sei que sim... Mas descansem. Eu não morri e ainda aqui estou a espernear.
Mas isto, já sabem como é: it's been crazy days and crazy nights!
E eu podia fazer aqui uma dissertação de mestrado e uma tese de doutoramento sobre estes últimos dias, mas como parece que a malta acha que eu escrevo para xuxu, vou fazer apenas uma breve introdução aos temas, e ósdepois, deixar que algumas fotos contem o resto da história!
Pode ser? Claro que sim, quem manda aqui sou eu! Muhahahaha

Ora então na quarta-feira passada foi a festa de Santo António ou dos Santos ou das Marchas ou lá o que é aquilo, e eu, como bom alentejano que sou, nunca lá tinha ido, e esta foi a primeira vez que lá fui. Epá, gostei. Não gostei assim muito, mas gostei. Começamos em Sete Rios, logo ali a comer uns caracóis e a beber umas coca-colas! Apanhar metro para Alcântara (que afinal é Santa Apolónia, mas só depois de publicado o post é que me apercebi do erro) (nunca tinha andado de Metro, e gostei muito) e fomos para a festa. Bifanas a um preço razoável, sangria fresquinha e barata, muitas pessoas, muitas pessoas a cheirarem a pessoas, mais sangria da boa, um casal de russos, ginjinha assim mais ou menos, bailarico, chouriços, sangria, dança, uns holandeses, bailarico, um polaco, pessoas a pisarem cocó, festa privada da marcha de São Vicente (que nós entrámos e para além de bar aberto, ainda ganhámos um caldo verde bem bom!), macaquinho do chinês, mais bailarico, Santa Apolónia durante 45mins para apanhar um táxi. Para o ano, já ninguém me engana e levo carro!



Depois na quinta, um gajo cansado como estava, foi dormir até às 16h. Acordar, tomar um banho, almanchar (é tipo um almoço alancharado), vestir o equipamento de corrida, e ir até à Baixa para participar no Treino Temático em homenagem a Fernando Pessoa. Basicamente, eu e mais cerca de 70 pessoas, andámos a correr por Lisboa, passando por pontos estratégicos da vida de Fernando Pessoa, sendo que em cada um desses pontos, estava um gajo a explicar tudo como manda a sapatilha. Foi um final de tarde bastante interessante, que aliou desporto a cultura. Foram 15kms e mais de 2h entre corrida e parragens.


 
 
 
 
 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Mustache vai dar os seus conselhos sábios sobre como é que, tu gajo, podes arranjar uma gaja de uma vez por todas e deixares de andar a chorar pelos cantos feito um cãozinho abandonado.. (vai lá, vai! que até os titulos dos posts já são do tamanho de pequenos posts!)

OLÁ!!

És gajo?!
Gostas de gajas?!
Não tens namorada?!
És timido?!
Só de estares perto de uma gaja ficas a gaguejar e a transpirar que nem um porco?!
Estás farto de passares a noite só acompanhado da Palmira?!

Então este post é para ti!!
Vai buscar papel e caneta, senta-te e aponta aí o que poderá mudar a tua vda para sempre!
O Mustache vai-te dar umas dias de como arranjares gaja em pouco tempo!

A primeira coisa e mais importante do que tudo, é a atitude! A-TI-TU-DE!
Deixa de ser um conas e sai de casa com uma atitude de eu quero, posso, mando e vou-te papar!. Mesmo que não a papes, as gajas topam à distância um gajo com atitude, um gajo com presença, um gajo que está ali e que sabe o que quer. É que as gajas gostam disso, gostam de um gajo que sabe o que quer! E só isso é meio caminho andado para o sucesso. Não querem cá meninos que passam o tempo todo a olhar para o chão, ou por cima do ombro delas, porque não consegue manter um contacto visual, olhos nos olhos. Acreditem ou não, mas aquela história de um olhar diz muita coisa, é mesmo verdade!

Depois deixa-te dessas merdas das fofinhas e das queridinhas e dos amorzinhos, deixa-te de tudo o que é inhas e inhos! Porque sabes o que é que também acaba em inho? Coitadinho, tristinho, atadinho, corninho, sozinho! Esse palavreado é para os miúdos de 15 anos que estão a tentar engatar as miúdas de 14, que ainda perdem tempo a ver os Morangos com Açucar. Tu, pessoa adulta que és, aprende a ter um discurso de adulto. Tem um discurso eloquente, tenta estar informado sobre os assuntos em geral, e acima de tudo, tenta estar dentro dos assuntos das gajas! Sim, não tenhas medo em perceber de pílulas ou pensos higiénicos! Surpreende-a com uma resposta que ela nem sequer esperava de uma amiga.

Sê misterioso! Não lances as cartas todas ao ar ao mesmo tempo. Vai lançando uma de vez em quando, vai ameaçando que mandas, mas não mandas. Deixa que a curiosidade nelas comece a falar mais alto do que tudo o resto. Podes ser um gajo pouco atraente à vista, podes não conseguir manter a conversa mais interessante do mundo, mas enquanto as gajas pensarem que há ali qualquer coisa de interessante para descobrir, enquanto as gajas pensarem que "não sei o que ele tem, mas tem algo que me cativa", não te vão largar. A coisa mais misteriosa que tens pode até ser faltar-te um testículo, mas esconde isso o mais tempo possível (não por ser vergonhoso ter só um testículo, que não é!).

Claro que se tens que ser misterioso, não podes ser um gajo fácil. Um gajo que diz que sim a tudo, um gajo que vai assim que elas pedem. Diz-lhes que não, diz-lhes que talvez dê para se encontrarem mas ainda não tens a certeza, aprende a manter a pila dentro das calças mesmo que ela roce o rabo nela! Um gajo fácil perde toda a piada, perde o interesse, deixa de dar luta, não estimula ao desejo. A melhor coisa num jogo de sedução é a incerteza da resposta que vamos ter no final da noite. Ora, se assim que a gaja fala para ti, lhe dizes logo que sim, está o jogo terminado.

Não fales tanto como uma gaja. Tens que aprender que as mulheres dizem em média mais 10000 palavras por dia do que um homem. Elas gostam de falar, tu tens que gostar de ouvir. E acredita que este conselho é quase tão bom como o da atitude! Se tiveres com atenção ao que ela diz, entre conversas da chacha, conversas das amigas, conversas da vida delas, vão-te passar muita informação que depois poderás usar no momento certo: gostos, ódios, quem são, o que querem ser, o que querem de um gajo, o que NÃO querem de um gajo. Basta manteres os ouvidos abertos, a atenção nas palavras dela (mesmo que tenha um par de tetos enormes a saltarem-lhe pelo decote) e no final da noite, vais dizer aquela frase acertada que a vai deixar perceber que tiveste a tomar atenção ao que te disse.


E pronto, por hoje fico-me por aqui! Mais logo são as festas populares, aproveita e tenta meter isto tudo em prática! Vais ver que a noite vai ser bem diferente do habitual. Ok, podes não conseguir levar uma gaja para casa ou podes não conseguir ir para casa dela - que isto é coisinha que demora o seu tempo até se ser mestre -, mas vais com certeza ganhar confiança para as próximas vezes.

Por isso já sabes: atitude, confiança, mistério e ouvidos bem atentos! Boa sorte!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Parece que foi ontem..

"A long, long time ago...
I can still remember
How that night used to make me smile.
And I knew if I had my chance
That I could make those people read
And, maybe, they'd be happy for a while."


Acho que este é mesmo o melhor começo de post de sempre! (ali com umas pequenas alterações estratégicas!)
Inspirado numa das melhores músicas de sempre!
Para dizer o quê?

Ora, que parece que foi ontem que passei a noite sem dormir.. (que passei!)
Que parece que foi ontem que jantei sushi.. (que jantei!)
Que parece que foi ontem que vi o filme Wag, the Dog.. (que só vi até metade!)
Que parece que foi ontem que escrevi isto.. (que afinal foi há 1 ano!)

É verdade, faz hoje um ano que comecei aqui este espaço!
Lembro-me perfeitamente da noite que passei sem dormir, por causa do fervilhar de ideias que me estavam a assolar a cabeça! Isso, e o estar a preparar a viagem para Barcelona.

Nestes 365 dias, escrevi muito. Mesmo muito. Tanto que, vezes sem conta, pessoas se queixavam de longos textos, os quais não tinham tempo para ler, ou paciência sequer. E adivinhem.. Este vai ser provavelmente mais um post a dar-lhe para o keep on scrolling down!

Apesar de agora poder dizer que tenho um número simpático de pessoas que aqui vêm diariamente, que perdem tempo a ler as parvoices, e algumas coisas mais sérias, que por aqui vou escrevendo, ao inicio não foi assim. No inicio, vinha cá eu, e já não era mau. Por mais que eu tentasse que os meus amigos aqui viessem, não tive sorte, e a primeira pessoa que aqui vinha assiduamente, era mesmo a minha mana! :)

Mas não desisti. Fui escrevendo e escrevendo e escrevendo e escrevendo, sempre sempre sem parar, até que eventualmente, as pessoas foram tomando conhecimento aqui do espaço do Mustache. Eu fui visitando outros blogues, conhecendo outras pessoas, criando uma pequena familia blogosférica, e hoje é o que se vê: fazem disto uma esplanada à beira-mar no verão e uma sala com lareira no inverno, sempre com conversa animada.

E foi isto mesmo que aqui encontrei, neste mundo das internets, onde cada um é o que quiser ser: uma pequena família. Pessoas que eu visito todos os dias, pessoas que me visitam todos os dias, pessoas com quem partilho a minha vida, pessoas que me deixam entrar na sua vida, real ou simplesmente fictícia. Alguns, já tive o prazer de conhecer pessoalmente, outras já conhecia, outros quem sabe se não conhecerei um dia destes. Há os até que sei que nunca irei conhecer, e sabem que mais, não fico minimamente triste com isso, e prefiro mesmo imagina-los como as personagens por que se fazem passar.

Sinto que o meu blog foi sofrendo uma evolução engraçada. Passou de histórias pequenas e inventadas, a coisas um pouco mais longas e episódios da minha vida. De coisas sem nexo nenhum, a coisa mais elaboradas. De posts de pura idiotice, a posts de grande seriedade. Deixo uma lista de alguns posts que me marcaram mais, por este ou aquele motivo, e que muitos de vocês nunca viram sequer.

A ida a Barcelona 
O casamento da Helena e do Luis
O aniversário da minha mais fiel seguidora e apoiante
Noites inesquecíveis
Coisas de terror
O meu Mustache
Tentativas de arranjar namorada
1º post mais serio
Aventuras noturnas
Coisas que me lixam a vida
Hipermercados I, II e III
Coisas sem nexo nenhum
Coisas cá mesmo do fundo
Noites muito, muito maravilhosas

Isto tudo para vos agradecer a vossa presença, a vossa paciência (para os posts mais longos), a vossa fidelidade, a vossa amizade!
Gostaria também, e aproveitando esta efeméride, para vos pedir a vossa opinião, sobre aquilo que gostam mais de ler aqui, o que acham que podia ser diferente, ou se está bom assim e que devo apenas continuar a escrever o que me vem à real gana! E de vos perguntar, como é que tiveram conhecimento deste humilde blog?

Aproveito para dizer que neste post, tal como nos outros todos, podem dispersar em todos os sentidos de conversas paralelas e perpendiculares e o que vos apetecer! Este blog é tanto vosso como meu, com a única diferença que só eu é que faço posts!!


 Hoje o bolo é assim!! Estão todos convidados a virem comer uma fatia, ou duas!



domingo, 9 de junho de 2013

Ai sábados, sábados..

Cada vez estou mais fã de sábados!
Adoro-os, amo-os, anseio-os!
Por mim, todos os dias podiam ser sábados!

Quem é que não se lembra da noite maravilhosa que tive num outro sábado?
Eu sei que me lembro!
E este sábado que passou, foi quase igual ao anterior, com uma pequena diferença: participei numa corrida.

Que correu mal, claro que correu mal! A noite anterior foi passada em branco, por bons motivos, e a minha cabeça estava em todos os sitios, excepto a comandar as minhas pernas e a controlar a minha respiração. Fui com o Diogo, um blogger que sigo há algum tempo e que ontem tive o prazer de conhecer! Tivesse eu em forma, e ele não me tinha ganho. Assim só lhe posso pedir desculpa por o ter atrasado. De qualquer maneira foi engraçado. Fomos a falar pelo caminho (enquanto eu ainda consegui falar e correr), completei este desafio triplo e a medalha, ganhei uma banana e um manjerico! Procurámos incansávelmente pela Calvin, não a conseguimos encontrar.

Depois da prova, fui para casa. Tinha que me preparar. Tinha combinado encontrar-me com uma pessoa para um café e, quem sabe, algo mais. Fui ter com ela. Uma gaja 5 estrelas, gira, de olhos grandes e expressivos, sorriso cativante. Podia ter falado a noite toda sem parar que eu não me importava de ouvir cada palavra que saia daquela boca, de uns lábios carnudos, de onde eu não consegui tirar o olhar. Fomos para uma esplanada com vista para a cidade. A música de fundo era a dos bailaricos. Estava vento. Ela vinha vestida para aguentar o frio da noite (ou talvez o cigarro a tenha ajudado a aquecer), eu não imaginei que fosse ter tanto frio (ou talvez o sangue apenas tivesse a afluir para uma parte especifica do meu corpo, esquecendo o restante). Se calhar, era melhor irmos para um local mais abrigado, com menos barulho, menos vento, mais quente.

Assim fizemos, e já no carro, vi-a. Ela. A mulher da minha vida. O meu coração disparou de alegria, de emoção, o frio desapareceu instantaneamente. Mas, todas estas sensações, duraram pouco tempo, pois reparei que a seu lado vinha o seu marido. Atrás dela vinham os seus filhos. Entraram no seu carro, e eu não pude mais do que invejar aquele homem de sorte. Afinal de contas, não é todos os dias que se consegue arranjar uma anã gorda e que coxeia!

Em relação ao resto da noite e da companhia, bem, digamos que um gentleman nem sempre conta tudo o que faz, mas espera que aquele não tenha sido o primeiro e último encontro.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Post fantasma..

Tal como não conseguimos ver fantasmas - e este post, pelo menos logo assim de repente -, também na nossa vida temos muitas outras coisas que nos rodeiam e que os nossos olhos não detetam. São coisas que nos passam completamente ao lado, coisas que são importantes e que nem sequer nos apercebemos que elas estão ali, prontas a serem apanhadas, com um pequeno esticar do braço.

Não falo de cerejas, ou uvas, ou maçãs. Falo essencialmente de oportunidades. Todo o tipo de oportunidades: de meter conversa com aquela miuda gira (que até estava a olhar para nós), de aceitar uma proposta de trabalho, de ajudar um desconhecido, de beijar quem também nos quer beijar, de comprar aquela peça de roupa ou aquele artigo único, de dizer o que realmente queremos dizer.

Falo de todas estas oportunidades, mas perdidas. De todas as vezes que as desperdiçámos, que não as aproveitámos, que nos roçaram e não as sentimos sequer. Não que tenha sido algo prepositado, não foi. Simplesmente, e usando a analogia dos fantasmas, não as vimos. Ou se as vimos, ou sentimos, tivemos medo de ir atrás delas. Medo da desilusão, medo de não as conseguir alcançar, medo da rejeição, medo de ter medo!

O medo é talvez, o que mais altera o mundo. Altera igualmente as pessoas. O que são, o que sentem, o que pensam, a sua forma de agir. Deixa-as amorfas, trémulas, sem fala, estáticas. Paralisa-as de tal forma, que veem a oportunidade a passar à frente dos seus olhos, e são incapazes de se mexerem na sua direção.

Já perdi muitas oportunidades por causa deste medo que se apodera de nós e que quase nos transforma em fantasmas, em pessoas invisiveis, pessoas que passam despercebidas perante os olhares dos outros, pessoas incapazes do que quer que seja, até para salvar a própria vida. Mas cresci. E aprendi. Aprendi que tenho que ser mais forte, que tenho que encarar o medo de frente e a não desperdiçar as oportunidades, pareçam, ou não, impossiveis de alcançar.

Já tive medo do amor e perdi a oportunidade de ser feliz (ou mesmo que não o fosse ser, não a agarrei, e assim, realmente o saber).. já tive medo de falhar nos estudos, medo esse que me fez mesmo falhar.. já tive medo de ser rejeitado e não me inseri em grupos.. já tive tantos medos que me fizeram perder tanta coisa..

Este post é uma oportunidade de nos conhecermos todos um pouco melhor e, também, de falarmos um pouco sobre um assunto interessante. Será que a vais conseguir ver e aproveitar?
Quais são os medos que te deixam os pés colados ao chão?
Quais são as oportunidades que já perdeste e que ainda hoje pensas nelas?

PS: Se lês-te este post, não digas a ninguém como o fizeste, apenas comenta o que te apetecer!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dia de cão...

Hoje é um daqueles dias em que se pudesse, batia em toda e qualquer pessoa que tivesse a ousadia de me dirigir mais do que 3 palavras, mesmo sendo uma gaja e as palavras fossem "faz amor comigo!".

Acordei, 10 minutos depois do desperador ter tocado, saí da cama e fui tomar banho. Apercebi-me que me tinha esquecido que precisava comprar shampo, e para não lavar a cabeça só com água, fui à cozinha buscar o detergente da louça, que até tem cheiro a maça. Afinal aquela merda não serve para mais nada a não ser mesmo a louça, e fez tanta espuma, que me entrou grande parte para os olhos e para a boca. Agora tenho um olho todo inflamado, mas um hálito refrescante a maça verde! Depois de conseguir tirar a espuma toda, lá agarrei num sabão-macaco (aquele azul) e voltei a lavar a cabeça.

Fui-me vestir, e maravilha, não tinha nada de jeito para meter no corpo. Depois de pensar um pouco, lembrei-me da pilha de roupa que tenho para passar, um dia destes, talvez esta noite, ou quando convidar a minha irmã a visitar-me. Tive que vestir uma tshirt que tenho para casos de emergência, que apesar de ser branca e ir bem com qualquer par de calças, tem uma fotografia da Ágata, de quando ela foi à minha terra, em 1996, dar um concerto.

Vou à cozinha, abro o frigorifico e não tinha iogurtes! Boa, mais uma coisa que me esqueci de comprar. Pego no pacote de leite e despejo para uma taça. Pego no pacote dos cereais e despejo-o para dentro do leite. Caem de lá, literalmente, meia duzia de chocapics. Não chega para me alimentar, nem chega para achocolatar o leite, e como não gosto de leite só com sabor a leite, mandei aquilo tudo cano abaixo. Que se lixe o pequeno almoço!

Saio de casa, entro no carro e meto-me no trânsito! Filas e mais filas, e pessoas atrasadas mentais por todo o lado, em todas as vias! São os velhos que saem para ir à missa e que não andam a mais de 30km/h.. É o pessoal que não sabe o caminho e acha que pode fazer marcha atrás depois de falhar a saida.. Os grandessíssimos cabrões e cabras que não saem da faixa do meio, mesmo que estejam a atrofiar o trafego por completo.. Os que acham que como a luz está cara, o melhor é não ligar os piscas, para não aumentar a conta.. Se eu pudesse, ou tivesse tirado a carta, andava de camião, só para levar aquela gente toda à minha frente.

Chego ao trabalho, atrasado, claro! Depois é a mesma merda de sempre: querem que se faça o trabalho de um dia em 2 horas e querem ter o material sem se gastar dinheiro! Acham que toda a gente tem um trabalho de secretária e que o material não se gasta. Embora eu esteja atrás de um computador o dia todo, zelo pelas pessoas que andam na rua, a fazer o serviço duro, pesado, sujo, aquele que realmente traz dinheiro à empresa. Trabalho que desgasta a roupa, roupa que a empresa acha que tem que durar mais tempo do que aquele que realmente dura. Isto de se ser patrão e não se ter consciência de como as coisas funcionam, é uma coisa muito triste.

Finalmente hora do almoço, pode ser que agora corra bem e dê para relaxar. O que é me levou a pensar isto? Fui o primeiro a escolher, o último a ser servido, o único a quem o empregado achou boa ideia entornar comida em cima. Lá terei que ir a casa, no pouco tempo que tenho entre o final do trabalho e o inicio das aulas, passar uma tshirt qualquer, porque tenho a Ágata cheio de molho de tomate nas trombas.

Se isto continuar assim, o mais certo é que mais logo, quando sair da faculdade a meio da madrugada, seja sodomizado por um gang de negros gordos, anões e coxos!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Coisas que me alegram..

Para que não pensem que só odeio coisas, que sou um gajo rancoroso e de mal com a vida, que só estou bem a dizer mal disto e daquilo, hoje vou falar sobre coisas que me alegram.
Sim, porque eu também gosto de sorrir e o que não falta por ai são coisas que me deixam realmente feliz! Umas são coisas grandes, outras são coisas pequenas e ainda há as coisas "alto e baixo"!

Ora, por coisas grandes refiro-me a gordos; por coisas pequenas refiro-me a anões; por coisas "alto e baixo" refiro-me a coxos!

Adoro, mas adoro mesmo ver um gordo, principalmente em 3 situações: quando estão a tentar correr, quando estão a cair e quando estão a enfardar comida. Vê-los a correr é giro pelas caras de esforço que fazem, pelas banhas a saltarem, por transpirarem que nem mulas e porque parecem elefantes bebés, acabados de nascer, a tentarem andar pela primeira vez. É por isto que gosto tanto de participar em corridas, e ver os gordos e as gordas que por lá andam, que, no espaço em que percorrem até à linha de partida, já têm o rabo todo suado! Vê-los a cair também é giro devido ao efeito que provocam. Uma pessoa normal, cai e fica ali, com azar, arrasta-se um pouco pelo chão. Mas um gordo, não! Embate no chão, volta a subir, volta a bater no chão e se for preciso, repete isto ainda mais uma vez. Um gordo durante a queda, transforma-se numa bola saltitona. E depois, é ainda possível ver as banhas a movimentarem-se de acordo com as ondas de propagação, originadas pela queda. Vê-los a comer é tão mais giro, quanto mais gordos forem, e quanto mais a comida for porcaria. Adoro ir ao McDonald's e ver bardajonas, de corpo anafado, debruçadas sobre a mesa, a empurrarem com os seus dedinhos pequenos e gordos o hambúrguer para dentro da boca, enquanto o espaço entre as mamas e a barriga, devora a mesa.

Os anões alegram-me porque parecem crianças mas com fisionomia de adulto e membros de bebé. E normalmente têm a cabeça desproporcional ao tamanho do corpo, o que lhes dá um ar de gigantone, mas em miniatura. Ou daqueles bonecos para se metem no tablier do carro, que abanam a cabeça ao ritmo da estrada. Há algum tempo, vi uma cena, logo pela manhã, que alegrou o meu dia até à noite! Vi uma anã, com meia sandes na mão e a passear um Yorkshire! Aquela visão de tudo a metade do tamanho, foi quase tão boa como ver um belo par de tetos! E quem é que não viu a anã que foi ao programa da SIC, aquele dos mergulhos? Para quem não viu, eu conto o ponto alto do programa para mim. Era quando, após um concorrente dar um mergulho e ir ter com os outros, e todos se estavam a abraçar, ver a anã a agarrar-se às pernas deles todos, qual formiga tonta, a tentar encontrar encontrar sitio por onde trepar.

Os coxos fazem-me lembrar aqueles cães que estão o dia todo a saltar, para conseguirem ver o que se passa do outro lado da cerca. Ver um gajo a mancar, é engraçado porque conseguimos imaginar aquelas cenas dos filmes, nas praias, em que o casal corre na direção um do outro, dando pequenos saltos. Assim são os coxos, pequenos saltitões que andam pela rua, sem sabermos muito bem o motivo da sua felicidade. Depois há os que não gostam que as pessoas saibam que são coxos, e é vê-los a andar com um pé na estrada e outro no passeio! Mas mais do que tudo, alegram-me pela mensagem que transmitem: apesar da vida deles ser feita de altos e baixos, eles não param e seguem em frente!


O meu maior sonho? Ver um anão gordo e a mancar, a entrar num McDonald's!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Diz (a Calvin) que escrevo muito..

A Calvin fez-me um desafio para escrever um post pequeno, mas não o consegui superar, porque no final deste texto, e depois de todas contadas, eu escrevi trinta e uma palavras.

O Mustache explica os homens..

Vocês sabem como é, certo? Rapaz conhece rapariga, conhecem-se melhor durante um tempo, passam tempo juntos. Fazem coisas divertidas um com o outro - ir ao cinema, passear, concertos. O rapaz convida a rapariga para as suas festas. Ele ouve os seus problemas. Ele faz isto tudo porque não a vê apenas como uma amiga.
É então que, chega aquele fatidico momento em que ela descobre que durante todo aquele tempo, ele a estava a ver como uma potencial namorada. E se a rapariga o rejeitar, ele pode nunca mais lhe voltar a falar.

Isto acontece-nos repetidamente. Começamos a dar-nos com uma rapariga, e por tudo o que eu já passámos no passado, começamos a pensar que ela realmente está interessada em nós e que gosta da nossa pessoa. É então que a convidamos para um encontro.

Ela diz que gosta muito nossa da companhia , que valoriza muito a nossa amizade. Ela diz que realmente quer ser nossa amiga e continuar a estar numa boa a falar sobre os nossos livros favoritos ou a explorar novos restaurantes ou a gozar com as pessoas que passam enquanto estamos sentados num banco de jardim. Mas nós começamos a rejeitá-las. A não atender as chamadas nem a responder às mensagens. Se havia alguma coisa combinada, antes daquele fatidico incidente, estes planos acabam por, misteriosamente, não se concretizar. Depois, quando nos encontramos com ela num qualquer evento social, as conversas são esquisitas e constrangedoras. Isto acontece porque, no momento em que conhecemos uma rapariga, a colocamos imediatamente como possivel namorada, e não a conseguimos ver como material para amizade.

E ela vai dizer que é injusto e que não compreende, que é uma rapariga simpática, que tem muito a oferecer como amiga, como não ser ciumenta nem nada dessas coisas. Mas nós, homens, não queremos ser apenas amigos de raparigas como ela. Não o conseguimos evitar. É a forma como fomos fabricados, biológicamente. A Evolução condicionou o cérebro do homem, já desde os primórdios dos tempos, a procurar raparigas para acasalar, e a criar laços de amizade com os outros homens, com quem iam caçar mamutes. É verdade! Eu sei disto, porque estudei estas coisas no secundário.

Isto levanta muitas questõs às mulheres. Devem, as mulheres, tentar juntar-se ao grupo dos caçadores de mamutes, numa tentiva de serem vistas como uma amiga pelo cérebro limitado dos homens? Devem continuar a ser amigas dos homens, mas evitar que eles tentem alguma coisa, baixando-lhe a auto-estima a pouco e pouco? Ou devem desistir destes seres manipuladores, sacanas com duas caras que jogam estes joguinhos distorcidos, de uma vez por todas?

Esperemos que não. Quer dizer, a maioria de nós gostaria de uma dia conseguir ter uma amizade pura e simples com uma rapariga, mas é dificil que elas confiem em nós e nos respeitem, quando não lhes dizemos o que realmente queremos dizer.
E a grande verdade é que nunca sabemos quando é que vamos relegar, imediatamente, a rapariga para o pedestral de possivel namorada.


domingo, 2 de junho de 2013

Acerca da noite..

Eu já sabia que a noite prometia, que ia ser daquelas em que tudo pode acontecer, daquelas que o mais provável é termos que cancelar tudo o que se tinha combinado para domingo.. E a noite de ontem não foi exceção!  Mas vamos por partes..

Decidi dar só uma ligeira arrumação no quarto, esconder umas coisas para dentro do guarda-fatos, outras para debaixo da cama, só para o caso de ter sorte! Ao não ser uma arrumação completa, talvez conseguisse "enganar" o universo. Depois da banhoca, de vestir a roupa nova, ajeitar a barba, meti-me no carro e lá fui eu para a festa. Fui a pensar que seria dos últimos a chegar, mas toda a gente se atrasou, e fui eu o primeiro a chegar. O que teve o seu lado bom, fiquei a receber as pessoas, enquanto iam chegando umas a seguir às outras. Conversa para aqui, conversa para ali, até que o meu olhar se prende num vulto que vinha lá ao fundo. Uma mulher, com um vestido de primavera, cabelos soltos ao sabor do vento, uma pequena mala ao ombro, um corpo que parecia ter sido esculpido pelos melhores artesãos do mundo, caminhava elegantemente na nossa direção. Há medida que se ia aproximando, consegui ver-lhe a fisionomia, uns olhos verdes enormes, uns lábios carnudos pintados de vermelho, o cabelo castanho claro e a pele com um tom de quem já aproveitou uns dias de sol, e vi que também os olhos dela se tinham fixado nos meus.
Não nos conheciamos, fomos apresentados, e sabiamos que tinhamos uma noite pela frente para nos conhecermos melhor.

Como a festa era num espaço alugado, o número de pessoas era restrito, e assim, era fácil estar em constante conversa com quem se queria. Depois da música começar a tocar, enquanto o cozinheiro preparava as entradas e os pratos principais, decidi abrir uma garrafa de vinho, tinto alentejano, de Arraiolos, e prontamente ofereci um copo à M. (vamos-lhe chamar assim), que de bom grado aceitou.
A conversa fluiu naturalmente, com pequenas risadas e olhares que me deixaram perceber que o interesse não era só da minha parte. A comida está finalmente pronta e na altura de me sentar à mesa, pensei em ser audaz e não me sentar ao lado dela, sabendo que com isso podia deitar tudo a perder, mas ficando perto o suficiente para podermos conversar, E a verdade é que foi a melhor decisão. Entre conversas paralelas, entre música de fundo, entre copos a brindarem, entre gargalhadas, dentro deste universo, existia um outro universo, o meu e o dela. Os olhares tornaram-se demasiado intensos, os sorrisos demasiado cúmplices, o desejo demasiado palpável. Depois da refeição, quando toda a gente se começou a levantar e a dispersar um pouco pelo espaço, fomo-nos sentar num sofá, acompanhados de um copo de vinho. Se nos podiamos ter sentado mais afastados, podiamos, mas de que outra forma poderiamos sentir o calor do corpo do outro? Falámos, rimos, ficámos em silêncio, disse-lhe "Desculpa-me toda a honestidade, mas és sem dúvida, a mulher mais linda que eu já tive o prazer de conhecer.", e vi-a corar ao desviar o olhar do meu e a fixá-lo na ponta dos seus sapatos. Quando voltou a olhar para mim, não lhe disse nada e apenas a beijei. Beijei-a calmamente, mas com volupia, e ela devolveu o beijo da mesma forma.
Passos e vozes! Alguém vem aí. Separamo-nos um pouco e fomos rodeados pelas outras pessoas, que se foram sentando por ali. Aproveitamos a oportunidade para nos juntarmos mais, com a desculpa de mais pessoas se sentarem.

Uma e meia da madrugada, hora de se ir para outro local. Quantos somos, quem já bebeu, quem pode conduzir, quantos carros levamos? As perguntas habituais. Levamos 4 carros? Mas assim sobram duas pessoas. "Não faz mal" - digo eu - "posso levar o meu e a M. vai comigo.". Entrámos no carro e segui um caminho que não o para o sitio combinado por todos. Ela apercebeu-se disso, olhou para mim e sorriu. Sabiamos que não podiamos perder mais tempo, sabiamos que já não queriamos a companhia de muitas pessoas, sabiamos que queriamos o nosso espaço, o nosso tempo, os nossos corpos nús em contacto um com o outro. Conduzi até minha casa, pensando que tinha enganado o universo. Subimos, entrámos em casa, corremos para o quarto. Se ela reparou em alguma desarrumação, não o disse, simplesmente agarrou-se a mim até cairmos para cima da cama. Entre beijos e caricias, começamos a tirar lentamente a roupa um do outro. Quando lhe tirei o vestido, tive que contemplar o seu corpo durante algum tempo. Era perfeito! A cor da sua pele fazia um contraste perfeito com a lingerie preta, a cintura era estreira, os seios do tamanho certo para o seu corpo. Já estávamos completamente nús quando meto a mão à gaveta e entro e pânico: não tinha preservativos! Como é que eu me fui esquecer de uma coisa destas? Ao ver a minha expressão, ela perguntou o que se passava, e quando lho disse, vi a sua expressão de tristeza. Rapidamente lhe disse que ia à rua comprar e que ela podia ficar ali, ao que ela me disse "Não vale a pena.."
Pensei logo que afinal o universo sempre tinha levado a melhor sobre mim de novo, mas então ela terminou a frase "... eu vou contigo, que no caminho para minha casa, passamos por uma farmácia."

Assim foi. E na casa dela, não fizemos amor.. Nós dançamos ao som de harpas tocados por eunucos, os corpos estavam numa sintonia tal que pareciamos amantes de longa data. Percorremos cada milimetro do corpo de cada um, sem medos e sem tabús. Demos prazer um ao outro, de forma intensa e prolongada. Pouco depois das 7h da manhã, adormecemos, a cabeça dela no meu peito, as pernas entrelaçadas, os seios dela contra o meu corpo e eu a envolvê-la nos meus braços.

Às 8h, o meu telemóvel toca, era o meu irmão. Queria saber onde é que eu andava, pois tinhamos uma prova daí a 2horas, da qual nunca mais me lembrei. Não atendi, apenas enviei mensagem a dizer que não podia ir e a pedir desculpa. Ela acordou, beijou-me o peito, o pescoço, os lábios, e recomeçamos onde tinhamos ficado durante a madrugada.


Agora, ou aconteceu isto, ou apanhei uma enorme bebedeira, fiquei a dormir na rua, e fui acordado por um cão que estava a fazer o amor com a minha perna! Vocês decidem!